Aparecida de Goiânia do zero ao infinito – XXI
Diário da Manhã
Publicado em 29 de dezembro de 2017 às 23:56 | Atualizado há 7 anos
Sempre imaginei comigo mesmo que a vida é um dom e determinação Divina e que a morte é conseqüência da própria existência do ser humano, tudo isso por obra e graça de Deus.
Por isso, na década de 80, quando prefeito de Aparecida de Goiânia, as minhas expensas e por conta própria, seguindo os ensinamentos e desígnios de Deus, no tradicional e histórico cemitério da sede municipal de Aparecida de Goiânia, onde estão enterrados os principais pioneiros da cidade, com a minha pessoal e arranjada arquitetura, fiz construir uma pequena capela, instrumentalizando ali uma improvisada instalação de sepultamento, com entrada e saída de ar no interior do túmulo e especiais condições de funcionamento, de maneira a permitir, embora ainda precariamente, o retorno e convívio aos seus familiares, uma pessoa tida e havida como morta, em razão de um imaginado ataque por “catalepsia” ou doença semelhante ainda desconhecida cientificamente com os mesmos sintomas, voltasse ao convívio de seus entes queridos.
O meu inventivo túmulo não foi feito ou imaginado para contrariar a lei de Deus nem da natureza. As minhas instalações “tumiferas”, não dão vida às pessoas. Isso acontece por intermédio do supremo mestre.
O que construí, com todo “imaginado cuidado”, foram instalações que, por suas características, pudesse oferecer condições de “sobrevida“, a quem, descuidadamente, pudesse ser enterrada ainda com “reflexos ou lampejos de vida”. Não construí esse “curioso invento” para agradar ou receber palmas de ninguém. Meu desejo, objetivo e convicção, foi o de colaborar com toda a humanidade do futuro, para andar paralelo com o natural desenvolvimento tecnológico que vem beneficiando a população do mundo inteiro. Com isso, estarei colaborando com o povo brasileiro como fez no passado o “pai da aviação”, o legendário Santos Dumont, inventando e construindo o “mais pesado que o ar”, que se tornou a mais importante e necessária invenção dos últimos tempos.
Por essa e outras razões é que edifiquei “um túmulo para defunto nenhum botar defeito”. A humanidade precisa de “pessoas idealistas e visionarias” que possam abreviar as boas coisas para alcançar um futuro promissor.
Quando decidi fazer o “meu concebido túmulo”, numa análise e comprovação freudiana que somente o meu ilustre xará Sigmund Freud pai da psicanálise e que a tudo explica, tornando-se o maior cientista deste último século, cujo método analítico permite aprofundar no ego e super ego do ser humano, sabia de antemão que a minha “intenção tumífera”, iria esbarrar, ao mesmo tempo, na compreensão e incompreensão de muitos, alguns pro e outros contra a minha idéia que seria aplaudida e combatida ao mesmo tempo, gerando controversas, pois envolveria naturais polemicas até porque o assunto envolvia temas diferenciados e inconvenientes como morte, caixão, defunto e outras coisas tenebrosas, de arrepiar o cabelo de muita gente.
De qualquer forma, para enfrentar o crivo da opinião publica e exercer na plenitude o meu “idealista civismo”, sem titubear um momento sequer, determinadamente, resolvi seguir em frente e colaborar com a humanidade do futuro e avançar na consignação do “meu invento” como outros ilustres visionários do passado, quando conceberam inventos que em muito beneficiaram os povos espalhados pelo mundo todo, valendo lembrar os milhares como Alexandre Fleming que inventou e produziu a “penicilina”, Graham Bel, o “telefone”, Henri Ford o “automóvel”, aqueles que inventaram o conforto da era moderna como a geladeira, aparelho de televisão, fogão a gás, os capitães da indústria farmacêutica que inventaram antídotos que estenderam a vida das pessoas, proporcionando-lhes uma existência feliz e duradoura. A humanidade sempre viveu em função dos grandes inventores que, via de regra, são considerados loucos ou a caminho da loucura.
Mesmo assim, segui em frente com a construção do meu túmulo, pretendendo conhecer melhor o ser humano dentro da sua concepção de vida até chegar à morte, obedecendo ao natural curso e avanço tecnológico que tende e pretende conhecer melhor a transitória vida das pessoas.
E foi exatamente na fazenda “Luar do Sertão” de nossa propriedade, localizada na zona rural do Município de Hidrolândia- GO., que de forma melhorada, há mais de 20 anos atrás edifiquei um novo, moderno e mais eficiente túmulo, dotado de melhores equipamentos, contendo rampa de acesso, ao interior do túmulo, através de trilhos para retorno, porta de abertura e fechamento, dispositivo de comunicação externa (megafone), celular, frigobar para conservação de alimentos a serem possivelmente utilizados, aparelho de TV, vidros externos para refrigeração do interior do túmulo, disponibilizando constatar a situação “post-mortem” do falecido.
O certo é que o meu curioso invento não da vida a ninguém. Quem proporciona vida às pessoas é Deus. O meu túmulo visa apenas oferecer condições de “sobrevida” (outra vida), a quem porventura tenha sido sepultado e considerado morto e que ainda tenha lampejos ou reflexos de vida.
Tenho para comigo que um dia não muito distante o ser humano, mesmo que transitoriamente, será imortalizado pela aplicação imediata de um remédio que injetado no corpo de um comprovado cadáver, lhe devolverá uma nova vida e esperança de voltar a viver normalmente, pelo menos por mais algum tempo.
Não se pode descrer da capacidade do ser humano em inventar coisas em seu próprio beneficio. Aliás, Deus ao criar a espécie humana, mesmo que por concessão, deu-lhe poderes de ilimitada criatividade, sem que isso possa constituir afronta ou desrespeito as leis Divinas. Um dia isso acontecerá normalmente. É só esperar para ver.
De qualquer forma, na minha tese “tumífera” onde estiver, mesmo que espiritualmente, esperarei que isso venha acontecer. Aliás, nesse mundo, o homem ou mulher são protagonistas do próprio destino, sempre guiado por Deus.
Abaixo apresento fotos da construção do primeiro túmulo construído na sede do Município de Aparecida de Goiânia e no segundo, a capela e o interior onde se encontra o mais recente, localizado na fazenda “Luar do Sertão”, zona rural do Município de Hidrolândia-GO, deixando a critério de cada um o seu pessoal julgamento, o que darei por satisfeito.
Tudo que for bom para Aparecida de Goiânia, Goiás e o Brasil, terá o meu acolhimento. Porém, todo aquele que prejudicar Aparecida, me verá pela frente. Seja quem for.
A par de reconhecer que até agora, dentre os vários chefes do executivo goiano, aquele que mais trouxe genéricos benefícios ao Município de Aparecida de Goiânia, por extensão ao Estado de Goiás e com reflexos no Brasil inteiro, foi e tem sido o governador Marconi Perillo. O reconhecimento e sua declaração é uma qualidade dos justos.
(Freud de Melo, ex-vereador, ex-prefeito e criador do município de Aparecida de Goiânia)