Nelson Choze estuda mudança de carro em 2018
Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2017 às 00:32 | Atualizado há 7 anos
O piloto Nelson Choze, que perdeu o campeonato da Centro-Oeste de Marcas e Pilotos de 2017 a duas voltas e meia da linha de chegada, estuda, junto com o parceiro de equipe Fábio Bove, a mudança de carro para o próximo ano. Choze argumenta que o problema no câmbio que custou a ele o troféu da competição foi algo que não poderia ter ocorrido e decisivo para que a possibilidade de mudança fosse analisada. “Ainda estou digerindo”, resume o competidor da Classe A.
Com uma carreira de 36 vitórias na Stock Car, na Fórmula Fiat e na atual categoria, o piloto lembra que a dupla liderou o campeonato em todo o ano de 2017, com larga vantagem na frente dos adversários. “Por isso mesmo é mais complicado aceitar. Estávamos na frente mesmo com problemas que poderiam ser evitados. Tivemos cinco quebras consecutivas”, reclama. Mesmo com os percalços, Choze e Bove ainda integram a equipe Workshop, onde pilotam um modelo Chevrolet.
Segundo o piloto, as conversações e negociação com a atual equipe ainda estão embrionárias. “Apenas essa semana, quase um mês depois da corrida, tivemos um primeiro contato para discutir o que aconteceu na etapa final”, conta. Na teoria, a dupla poderia investir em outro modelo para o próximo ano, mantendo a atual cota de patrocinadores. “Imaginamos uma nova marca, que não nos limitaria em alguns aspectos, como acontece com o Chevrolet”, explica.
Conforme explica Choze, o Chevrolet tem 20 cavalos a menos de potência, o que, numa pista comoadoAutódromodeGoiânia, por exemplo, faz muita diferença. “Temos aqui (na capital) uma reta muito longa, seguida de curvas sinuosas que demandam uma redução drástica de velocidade. Então, falta potência de motor para a retomada”, considera. Apesar disso, o carro rendeu mais que o esperado até os últimos trechos da temporada. Nos contatos feitos recentemente, Choze foi informado que investimentos estão sendo feitos no motor do atual carro, com o qual correu nos últimos quatro anos. “Mas ainda estamos ponderando”, completa.
A COMPETIÇÃO
O campeonato 2017 da Centro-Oeste de Marcas e Pilotos teve início em 30 de abril e contou com representantes de todo o Brasil e até de outros países. Para sediar a competição, o Autódromo Internacional de Goiânia abriu seus portões por sete finais de semana. A categoria, que é considerada uma das mais tradicionais do automobilismo nacional, é divida em três classes–A, B e Novatos–com um grid que pode chegar até 40 carros.
Os pilotos são divididos de acordo com a pontuação em corridas de automobilismo e entram na competição, que dura 14 etapas, a bordo de modelos populares de passeio de até 900 quilos com motores adaptados. Carros como Corsa, Ford Ka, Pálio, Gol e Celta podem ser vistos na disputa, alcançando velocidade superior a 200 km/h. Conforme Choze, a definição sobre o destino da dupla vai depender do regulamento para o ano que vem. “Dependendo do que ficar definido, até sobre essa questão dos cavalos, saberemos das condições para correr e buscar novamente o sonho de vencer o campeonato”, concluiu.