O recrudescer da violência
Diário da Manhã
Publicado em 18 de dezembro de 2017 às 23:35 | Atualizado há 7 anos
A criminalidade no Brasil atingiu níveis insuportáveis para qualquer nação civilizada do mundo, conforme dados levantados e publicados recentemente pela imprensa, o número de assassinatos ocorridos nos últimos 15 anos é equivalente a população uma vez e meia da capital Lisboa, é uma mortalidade assustadora em tempos de paz ,só equiparada as mais sangrentas guerras civis conhecidas.
Aí surgem as mais variadas análises e sugestões pelas pessoas de todas classes sociais. Uns querem a pena de morte, outros prisão perpétua, pra outros a volta dos esquadrões da morte nos moldes do regime militar que executavam os opositores do regime e desapareciam com os corpos das vítimas.
Certamente na minha opinião, legislar contra o egoísmo, a ganância, a avareza que reside nos corações de muitos de nós é impossível.
A bancada da bala do parlamento e no senado estão prestes a aprovar a revogação do estatuto do desarmamento, será um retrocesso histórico para um país que mais avançou no desarmamento da população, caso seja aprovado ou alterado haverá sem dúvida o recrudescer da violência.
A única maneira de avançar portanto parece estar em lidar com os principais motivadores do crime. A fome, a miséria absoluta, privações de toda natureza que enxameiam nas grandes metrópoles, a ausência e o descaso que são relegados as classes menos favorecidas da população pelos governantes e seus tecnocratas de conhecimentos acadêmicos adquiridos em universidades renomadas, porém insensíveis e longe dos guetos e favelas onde são iniciados ainda na infância os futuros delinquentes, jovens embrutecidos e violentos, párias da sociedade.
O Brasil é campeão mundial em desigualdade social e concentração de renda publicada neste jornal Diário da Manhã, pesquisa liderada por Thomas Piketty, um dos maiores estudiosos de desigualdade do mundo, coloca o Brasil em 1º lugar em concentração de rendas.
O Brasil também está entre os países com maior carga tributária do mundo, impostos escorchantes nos produtos e serviços essenciais à população. Uma carga demasiadamente pesada nos ombros dos mais pobres, e menos favorecidos.
E entra governo e sai governo, ora de ideologia neo liberal, ora trabalhista, e também socialista e nada muda.
Em 2018 teremos eleições para presidente e os potenciais candidatos são os mesmos de sempre e vamos ouvir as mesmas cantilenas que estamos cansados de escutar, pobres brasileiros(…)
(Fernando do Amaral Correa, administrador condominial. Fones: (62) 3512-8486 / (62) 98152-0503)