Mãe se recusa a enterrar filha pois acredita que ela ainda está viva
Redação DM
Publicado em 14 de novembro de 2017 às 18:27 | Atualizado há 8 anos
Teresa Cristina Mendes, de 48 anos, se recusa a enterrar a filha que foi dada como morta há dois dias na cidade de Rio Largo, Região Metropolitana de Maceió. Mesmo com o atestado de óbito em mãos e a jovem já dentro do caixão, a mãe acredita que a filha não morreu.
“Ela não está morta. Ela tem sinais de vida. Ela não está com a temperatura de morto. Acredito que minha filha está viva”, diz.
Débora Isis Mendes de Gouveia, de 18 anos, é a filha de Teresa. A jovem deu entrada no dia 6 de novembro no Hospital Geral do Estado (HGE) com infecção urinária. O problema se agravou e ela teve uma infecção nos rins e foi transferida.
No dia 8 de novembro, ela foi hospitalizada novamente e no dia 12 a jovem Débora foi dada como morta. Na certidão de óbito consta que ela morreu devido a infecção renal.
Desde então a jovem está no caixão, mas a mãe e familiares se recusam a enterrar a jovem.
Em entrevista ao G1 a mãe explicou que a família tem histórico de catalepsia, um fenômeno que deixa a pessoa em um estado que pode ser confundido com a morte.
Teresa contou que quando tinha 2 anos sofreu com uma crise de catalepsia e só voltou ao normal quatro dias depois.
“Esse problema acontece na família. Quando deu um ataque em mim eu tive uma dor muito forte na perna e eu fiquei assim, só retornei depois de quatro dias. Esse problema está se agravando e vem acontecendo na família.”
O delegado Manuel Wanderley Cavalcante foi ao local aonde o corpo da jovem é velado e pediu uma nova avaliação médica para confirmar a mote de Débora.
“Vamos verificar se está em óbito. E se for comprovado que o hospital liberou este corpo sem óbito, vamos responsabilizar o hospital. Vou instaurar procedimento de investigação.”
O promotor de Justiça Magno Alexandre Moura, da 2° promotoria da cidade, disse que a jovem passará por um exame de catalepsia e por um parecer médico do IML, para confirmar o óbito.
O corpo foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML), em Maceió, para ser submetido a uma necropsia.