Cotidiano

Padre é denunciado por violação sexual e posse de fotos pornográficas

Redacão

Publicado em 1 de setembro de 2017 às 19:58 | Atualizado há 8 anos

Detido na unidade prisional de Anicuns, o padre Iran Rodrigo Souza de Oliveira segue agora uma nova etapa na reviravolta que tem enfrentado em sua vida: nesta sexta-feira, 01/09, ele foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) por supostamente praticar crimes de violação sexual contra três vítimas.

Se o juiz receber a denúncia, ele estará oficialmente em um processo criminal – um calvário desgastante que inclui audiências públicas, apresentação de provas e, por fim, uma sentença.

Antes da tempestade, Iran era considerado um religioso sério e digno da Igreja Católica. Afastado, ele tem que provar sua inocência diante de vários indícios e denúncias.

Os supostos delitos ocorreram em Americano do Brasil e Adelândia nos últimos anos. Mas existem outras cidades na lista de investigação do MP-GO.

O padre foi detido  no dia 16 deste mês, em Caiapônia e a abordagem conquistou grande espaço na mídia após o site do MP-GO dar publicidade ao fato. Apesar de Iran ainda não ser considerado culpado de nenhuma das denúncias, sua vida foi exposta em praticamente todos veículos de comunicação.

Outro suposto delito cometido pelo padre será avaliado na Justiça:  Iran é também formalmente acusado de “adquirir, possuir ou armazenar fotografia” que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. O tipo penal consta no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).

Das três vítimas apontadas na denúncia, duas são adultas e uma delas estava com 14 anos quando foi agredida.

Santificação
Conforme o MP-GO,  o padre fazia uso do discurso religioso para conquistar os fieis e assim abusar deles. O pároco prometia “cura e santificação” para as jovens com problemas de saúde e que perderam a virgindade.

De acordo com Iran, diz a denúncia do MP-GO,  a santificação ocorria quando as jovens ficavam nuas e aceitavam “o toque” das mãos do padre nos seios, nádegas e vagina.

O MP-GO garante ter provas dos crimes, como a troca de mensagens por aplicativo de celular em que o padre orientava um dos rituais: o envio de  ‘nudes’ para comprovar a “santificação”.

VERSÃO

Iran Rodrigo nega o crime e afirma possuir o dom de cura pelas mãos.  Para o promotor, que fez a investigação em vez do procedimento mais comum, quando é realizado pela Polícia Civil, estão comprovados os delitos e em breve ele deverá anexar novas provas e perícias.

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