Sargento da PM é acusado de matar cadela prenha a tiros
Redação
Publicado em 25 de agosto de 2017 às 20:57 | Atualizado há 8 anos
Uma cadela prenha foi atingida por dois tiros que teriam sido feitos por um sargento da Polícia Militar. É o que afirma a cabeleireira e eletricista Almira Lúcia Costa Cordeiro, de 42 anos, dona do animal. Ela fez uma postagem no Facebook denunciando o caso que ocorreu na periferia de Belém, no Pará. As informações são da BBC.
Conforme Almira, Estrela passava o dia brincando nas ruas do bairro junto com os outros quatro cães que moravam na mesma casa que ela. Ela disse ainda que a cadela era dócil e costumava brincar com seus familiares e outras pessoas na rua. “Meus cães são muito tranquilos. Foram todos criados sem coleira, com muito carinho e nunca foram agressivos.”
A postagem da cabeleireira, além do texto é acompanhada de um vídeo com imagens de câmeras de segurança que mostram o animal caindo à beira da porta e um homem saindo do local. De acordo com ela, esse homem é um vizinho que é sargento da Polícia Militar. O depoimento, até o início da tarde desta sexta-feira (25) já havia sido compartilhada mais de 24 mil vezes.
A cadela, prenha há dois meses, foi atingida por dois tiros e mesmo ferida tentou subir as escadas da casa onde mora, mas caiu há um passo da entrada.
Almira fez boletim de ocorrência e denunciou o sargento. O corpo de Estrela foi para a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) onde deve passar por perícia. A Secretaria da Segurança Pública do Pará informou por meio de nota que o sargento prestaria depoimento sobre o caso na Dema (Divisão Especializada em Meio Ambiente).
A alguns vizinhos o policial teria dito que atirou por sentir-se ameaçado pelo animal. Também teria afirmado sofrer de depressão e sentir uma profunda tristeza. Os vizinhos relataram que ele nunca havia agido com violência e sempre cumprimentava a todos no bairro.
“Ele não tem preparo psicológico para ter uma arma. Já que a pena é tão branda e ele pode nem ser preso, eu queria que esse policial perdesse o direito de ter uma pistola e que fosse pelo menos para um canil aprender a ter amor pelos animais. Se ele faz isso com um cão, ele pode fazer o mesmo com pessoas”, afirmou ela em entrevista à BBC.
(Foto: arquivo pessoal)