Festas proibidonas viram moda em Goiânia: PM impede circulação de drogas
Redacão
Publicado em 7 de agosto de 2017 às 13:26 | Atualizado há 4 meses
No final de julho, dia 28, uma festa do barulho ocorria no Setor Vereda dos Buritis, em Goiânia: muito funk, hits de Anitta, MC Catra, Justin Bieber. Conforme a Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO), garotas com roupas curtas atraíam levas e mais levas de adolescentes e adultos, que chegavam em busca de mais uma balada proibidona.
As festas funks não são mais hits apenas nos morros cariocas. É cada vez mais comum as listas de WhatsApp informarem as baladas realmente da ‘pesada’, na maioria das vezes, espaço para a prática de uma ninhada de crimes.
Na festa que ocorreu no Vereda dos Buritis, uma operação conjunta entre a Polícia Militar (PM) e o Juizado da Infância colocou abaixo o salão de eventos Dream Festas.
Na ocasião, a polícia encontrou maconha, ecstasy, cocaína, lança perfume e muito álcool com adolescentes e crianças.
A Polícia Militar fez sua parte: apreendeu, convocou pais e liberou os responsáveis legais e seus respectivos rebentos. Mas a festa era apenas uma a mais naquela noite, dentre várias que ocorreram no dia.
No domingo, 6, mais uma ação da PM. Dessa vez, no setor Boa Vista. E com uma droga retrô, os policiais apreenderam loló (a antiga droga dos anos 80), e uma novidade: respingo de solda, uma droga feita através de respingo de spray. Maconha e cocaína era brinde.
Das 150 pessoas que participavam da balada no Boa Vista, realizada também em uma casa de festas, dois terços eram adolescentes. A POM acredita na hipótese de “open drugs”, ou seja, um open bar da drogas, onde o jovem entra na fila e pega a sua ‘numa boa’.
Mais uma vez observa-se a falta de estrutura em segurança pública: o correto, pela legislação, era a Polícia Militar levar todos presentes para a Central de Flagrantes e encaminhar crianças e adolescentes aos responsáveis. E para isso seria necessário o uso de um ônibus ou um conjunto de vans. Sem os veículos, a PM adotou o critério da resolução da situação mais grave e encaminhou os menores de 14 anos para bem longe do ambiente da festa.
Sem poder controlar o quadro de violência juvenil, e diante da impossibilidade do estado intervir na educação e poder familiar, a PM enxuga o gelo das festas proibidonas, que tem como hit uma música que diz “Ooooolha a explosão quando ela bate a bunda no chão”.
A PM informa que recebe denúncias destas festas e tenta atuar para que nada saia do controle.