Uma análise psicológica sobre o alcoolismo: precocidade e suas consequências
Redação DM
Publicado em 6 de julho de 2017 às 01:23 | Atualizado há 8 anosO alcoolismo cada vez mais se torna um grave problema de natureza social, médica, psicológica e psiquiatra, que requer urgência em sua assistência, assim como afeta e corrói a sociedade, em detrimento de seus prejuízos morais, orgânicos, emocionais e mentais.
O consumo de álcool envolve crianças mal orientadas, jovens em desalinho de conduta, adultos e idosos instáveis, gerando altos índices de intoxicação aguda e subaguda em todos, como consequência da facilidade como pode ser consumida, por fazer parte do status da sociedade contemporânea, repetindo o que já ocorrerá no passado.
Podemos dizer que todos aqueles que têm como hábito a bebida alcóolica, pode e deve ser considerado um alcoolista, entretanto, vários são os tipos de alcoolistas: os que bebem todos os dias e não se embriagam; os que bebem somente final de semana; mas compulsivamente; os que bebem diariamente e se embriagam; os que já perderam o controle sobre a bebida – aqueles que não mais bebem; mas são bebidos pelo álcool, etc., e cada um desses tem as explicações sobre o porquê bebem e ainda justificam a “necessidade” de beber e, ainda tentam convencer-se, que jamais se tornará um alcoolista e que para a hora que quiser – grande ilusão.
Os sintomas mais comuns do consumo de álcool é a insônia – alguns cochilos são despertos por pesadelos horríveis, irritabilidade, dores no estomago e nas pernas, dores de cabeça crônica, inquietação diante da vida, medo exagerado e sem motivo aparente e, não raro, pensamento suicida.
Por ser uma doença processual, esses sintomas podem ir se agravando até se tornar crônico e surgir outras consequências mais graves como depressão grave – pois o álcool é depressivo, por impedir a produção de hormônios que controlam o humor, alcoonorexia (aqueles que bebem e não conseguem comer – já comentado em detalhes noutro texto), ansiedade grave, tornar-se violento, delírios e alucinações, comprometimento mediúnico pela influência, inquestionável, dos irmãos viciados desencarnados, tremor nas mãos, em razão da progressiva degenerescência dos centros nervosos, etc..
Invariavelmente, a ansiedade e a depressão desempenham um papel preponderante no uso do álcool, por causa da ilusão de que a sua ingestão acalma, produz alegria, o que não corresponde à realidade. Em muitas personalidades psicopatas, o álcool produz rápidas alucinações e depressão, levando na primeira hipótese, à prática de ações criminosas, alucinadas, que desaparecem da lembrança quando volve a consciência.
Noutras vezes, a necessidade irresistível de ingerir o álcool, oferecendo o prazer mórbido do copo cheio, caracteriza o dipsômano ansioso e consciente de sua enfermidade. Esse tipo de enfermo pode manter relativa abstinência e gandes períodos de ingestão alcoólica, num verdadeiro ciclo vicioso que não consegue libertar.
Não se pode negar que existe uma herança ancestral para o alcoólico. Descendente de um alcoolista, ele apresenta tendência a seguir o hábito doentio. Embora não se pode dizer diretamente que o alcoolismo seja uma hereditariedade genética. Do ponto de vista psicológico, podem ser assinalado como causas, os conflitos de qualquer natureza, especialmente sexuais. A timidez, a instabilidade de sentimentos, o ciúme, o complexo de inferioridade, os transtornos masoquistas propelem para ingestão de álcool como fuga das situações embaraçosas. Algumas vezes, para servirem de encorajamento e outras com a finalidade de apagar lembranças ou situações desagradáveis.
Do ponto de vista da espiritualidade, o viciado é, não raro, portador de compromissos espirituais transatos muito grandes, à semelhança de outros enfermos – que busca a fuga em outros vícios.
À semelhança do que ocorre com o tabagista e o drogado, estabelece-se um conúbio vampirizador por parte do desencarnado, que se torna hóspede dos equipamentos nervosos, via períspirito, terminando por conduzir o paciente ao delirium tremens, como resultado de insuficiência suprarrenálica, quando o organismo exaurido tomba sob situação de hipoglicemia e hiponatremia.
Noutras vezes, prosseguem na desforra, em razão do sentimento ambíguo de amor e ódio, no qual satisfazem-se com a aspiração dos vapores etílicos que o organismo do enfermo lhes proporciona e do ressentimento que conservam embutido no desejo da vingança.
Assim sendo, igualmente entorpecem-se, embriagam-se, pela absorção da substância danosa que o períspirito assimila, enlouquecendo, além do estado infeliz em que se encontram. Nessa situação, tomam da escassa lucidez do hospedeiro psíquico e emocional, ampliando-lhe o quadro alucinatório e levando-o à prática de atos abjetos e mesmo de crimes hediondos.
A questão é tão grave e delicada, que nem sequer a desencarnação (morte física) do obsidiado faz cessar o processo que, não raro, prossegue sob outro aspecto no Mundo espiritual.
O vício, de qualquer natureza, é rampa que conduz à infelicidade.
O indivíduo que se deixa levar pelo vício, entrega-se ao desmazelo, ao auto abandono, movimenta-se trôpego, trêmulo, numa espécie de ataxia física e mental. Oscila entre a tristeza e a alegria, apresentando sudorese abundante, náuseas, vômitos… etc..
O tratamento deve incluir três tipos de ajuda, médica psiquiátrica, psicológica/psicoterápica e espiritual. Agindo de maneira concomitante nos três corpos básicos do ser humano – corpo físico (matéria perecível), corpo mental (emocional) e corpo espiritual (psique= alma).
A aplicação da bioenergética (passe magnético por exemplo) é de grande utilidade, porque robustece o ânimo do paciente e ajuda-o na libertação das renazes que sofre por parte do perseguidor desencarnado.
Finalmente, podemos afirmar que a psiquiatria e psicologia espiritualistas conseguiram demonstrar que existe uma outra realidade além da objetiva, da convencional, na qual a vida é estuante e apresenta-se em forma de causalidade, onde tudo se origina e para a qual tudo retorna.
A cura real, portanto, de qualquer paciente, reside na sua transformação moral, porquanto pode recuperar a saúde física, emocional e mesmo psíquica, no entanto, se não aceitar a responsabilidade para autoiluminar-se, logo enfrentará novos problemas e situações desafiadoras. Do interior para o exterior.
(Dr. José Geraldo Rabelo. Psicólogo holístico. Psicoterapeuta espiritualista. Parapsicólogo. Filósofo clínico. Especialista em família, depressão, dependência química e alcoolismo. Escritor e Palestrante. Emails.: rabelojosegeraldo@yahoo.com.br e rabelosterapeuta@hotmail.com)