Cotidiano

Sindicalistas param Goiânia em protesto contra reformas

Diário da Manhã

Publicado em 1 de julho de 2017 às 00:27 | Atualizado há 5 meses

Os trabalhadores saíram às ruas de Goiânia na manhã de sexta-feira (30/06) para protestar contra as reformas da Previdência e Trabalhista que tramitam no Congresso Nacional. O ato de paralização foi convocado pelas sete centrais sindicais CUT, UGT, NCST, CSPB-Conlutas, Força Sindical, CTB, Intersindical. Os protestos tiveram início às três horas da manhã, quando um grupo de sindicalistas promoveu a paralisação das atividades da Metrobus, a empresa estatal de ônibus responsável pelo transporte do Eixo-Anhanguera, que responde pela demanda de 500 mil passageiros da capital. Os ônibus ficaram parados até as 8h15 da manhã, levando ao fechamento de vários serviços na cidade.

A partir das 8h, iniciou-se uma concentração na Praça Cívica, onde presidentes de centrais sindicais, lideranças do MST, movimentos populares, estudantes e representantes de igrejas se revezaram em discursos contra as reformas e contra a política econômica do governo federal. As 10h30, os manifestantes desceram a Avenida Goiás até a Praça do Bandeirante, onde foi feita nova concentração, reforçando o protesto contra o pacote de projetos em votação no Congresso Nacional que mexe com a aposentadoria e os direitos trabalhistas.

Presidente da CUT-GO, o ex-deputado Mauro Rubem salienta que a greve geral convocada pelas centrais sindicais é contra a reforma Trabalhista que, segundo ele, precariza as condições de trabalho, pondo fim à CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). “E nesta greve exigimos a revogação do projeto de Terceirização que é uma lei inconstitucional, que prejudica os trabalhadores de todo país. Esta mobilização confirma que os trabalhadores da iniciativa privada e do setor público estão cientes de que o governo golpista de Michel Temer aí está para tirar direitos da classe trabalhadora. A CUT, juntamente com todas as outras centrais sindicais e movimentos populares não aceita retirada de direitos dos trabalhadores. Nosso lema é nenhum direito a menos”, frisa.

De acordo com o deputado federal Rubens Otoni (PT), o povo foi às ruas porque o Brasil vive um quadro gravíssimo de crise política e econômica que foi criado pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB). “Mais do que nunca as ruas são importantes para manifestar o pensamento do povo brasileiro. O governo Temer acabou, mas eles querem dar uma saída para este governo, substituindo-o por alguém que continue o mesmo projeto, e sem participação popular. Isso não vamos aceitar e por isto a resistência nas ruas precisa acontecer para que no Congresso Nacional a gente breque esta tentativa de retirar direitos do povo brasileiro”, protesta.

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