Bandeira é a inflação
Diário da Manhã
Publicado em 23 de junho de 2017 às 00:18 | Atualizado há 4 meses
Devemos reconhecer que Michel Temer montou uma das melhores equipes econômicas da nossa história, e que, com seu irrestrito apoio, consideráveis avanços ocorreram. E o Ilan Godfajn, presidente do Banco Central, mesmo em meio a esta grave crise politica, firme e transparente nos seus objetivos consegue levar tranquilidade ao mercado. E nesta excelente entrevista que concedeu ao Estadão (19/06/17) como guardião da nossa moeda diz “A incerteza aumentou, mas, o que me interessa são as reformas e o ajuste”. Lógico que, a sua preocupação é com a inflação que hoje felizmente no acumulado de 12 meses está em 3,6%, abaixo da meta de 4,5%! Assim como a queda da taxa Selic, que sob sua gestão já caiu de 14,25% para 10,25%! E esta queda da taxa básica pode significar ao governo uma redução de quase R$ 100 bilhões, em pagamentos de juros sobre a divida publica! Conforta saber também que na sua administração Ilan, só toma decisões técnicas, diferentemente de seu antecessor o Alexandre Tombine, que ficava a mercê das vontades da Dilma… E o presidente do BC, enfático diz que, a reforma da Previdência, não pode ser desfigurada, “deve ser ampla, e por ser fiscal é relevante”! E que venham as reformas e ajustes necessários para consolidar a inflação em nível baixo, taxa Selic como previsto para este ano em torno de 8%, e o País, finalmente caminhar para oferecer ao consumidor final taxa de juros decente, que incentive também os investimentos…
(Paulo Panossian, via e-mail)
Um sonho irrealizável
O Partido dos Trabalhadores, responsável pelo caos político e econômico que o Brasil atravessa, está arquitetando a formação de uma frente de partidos e movimentos de esquerda com o propósito de facilitar a volta de Lula ao Palácio do Planalto. Um sonho irrealizável. É como se um piloto acreditasse poder posar na Lua pilotando um monomotor. É pretensão demais. O PT morreu e não há santo que o ressuscite. É bom que os petistas comecem a pensar não em palácio, mas sim em presídio.
(Jeovah Batista, via e-mail
Delação anulada!
Em plena era da informática, nem empresários espertos como Joesley Batista escapam. Rola pela internet várias fotos em que ele aparece com “aquele” que afirmou ter encontrado esporadicamente. Lula e Joesley se encontraram diversas vezes, e as fotos que antes serviam de propaganda, com todos eles alegremente fazendo caras e bocas, hoje servem de prova para mostrar que sua delação premiada só mirou em um desafeto, mas aliviou para o cúmplice. Se o PGR Rodrigo Janot quisesse encerrar sua carreira com honras, anularia a delação. Ou Joesley denúncia todos, ou vai para a cadeia. Fim!
(Beatriz Campos, via e-mail)
Golpe do mestre Janot
Janot trata o sentimento da população com um descaso revoltante. Não bastando ter ouvido uma delação do Joesley contra Temer que nada mais é, também, que uma clara admissão de culpa; de não enquadrá-lo na lei como devia; de tê-lo tratado com desvelo de pai leniente permitindo-lhe gozar de prévio indulto judicial de seus crimes, não obstante ele ter se beneficiado (por magnanimidade e interesse próprio de Lula e Dilma) de empréstimos bilionários a juros paternais do BNDES – agora, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, está oferecendo uma saída judicial para dezenas de políticos acusados exclusivamente de caixa 2, “sem um ato correspondente de corrupção” . Ou seja, ele já parte do princípio de que caixa 2 não é corrupção , e esta é a tese de Lula desde o mensalão. o jornal Valor (19/06) apurou que metade dos 98 políticos investigados na “Lista de Fachin” poderiam se beneficiar dessa benevolência e o mesmo critério deve ser usado nas delações de executivos do grupo JBS que revelaram doações a mais de 1.800 políticos. Ou seja, isso inclui Senado, Câmaras Federal e estaduais…um mundo de gente. Este é o golpe do mestre Janot contra a Lava Jato, contra o exaustivo e competente trabalho do juiz Sergio Moro, mas é também a tese apregoada pelo Congresso de que há que “separar o joio do trigo”. Janot parte do principio de que caixa 2 é crime de menor potencial ofensivo, podendo seus acusados serem agraciados com suspensão condicional do processo, sendo obrigados apenas , como reparação, a prestação de serviços comunitários, comparecimento mensal perante o juiz durante 2 a 4 anos,etc. etc. e tal. Janot vai sair do cargo em setembro e antes disso tem pressa em cumprir promessas e acordos com seu padrinho que o indicou à PGR e todos seus apaniguados e com isso pode desmontar a Lava Jato! Socorro!
(Mara Montezuma Assaf, via e-mail)