Opinião

Itamar foi o melhor presidente

Júlio Nasser

Publicado em 9 de maio de 2017 às 00:47 | Atualizado há 8 anos

O mundo vive um momento diferente. Na França acaba de ser eleito um jovem de 39 anos para presidir um pais que não é o maior, mas é um dos mais importantes do mundo, pela influência de sua cultura, e por ser o berço de muita historia. A vitória de Macron sinaliza que o povo quer muda. Sair do passado esclerosado e entrar em uma.era de mudanças. No Brasil o surgimento de João Doria Jr. como liderança política é a prova disso. Ele vem recebendo apoio popular e reconhecimento de liderança de seu partido já que ninguém acredita mais nos chamados caciques do PSDB, como Serra, Aécio e Alckimim. Até mesmo o ex-presidente Lula já se sente incomodado com Doria e o chamou para a briga, dizendo, em reunião do PT, que o prefeito paulistano nunca havia trabalhado e que era um “coxinha” A resposta veio rápida e contundente. Pelas redes sociais Doria mostrou a sua carteira de trabalho assinada desde os 18 anos. Chamou Lula de mau informado, acusando de, ele sim, nunca ter trabalhado. A continuar assim, vão se defrontar em 2.018, isso se Lula viabilizar mesmo sua candidatura. As acusações contra ele são muitas e amanhã, Lula vai se defrontar com o juiz Sergio Moro, em Curitiba. Ele quer fazer de seu depoimento uma apresentação eleitoral, sem se importar com conflitos entre seus apoiadores e oposição. Moro já pediu aos simpatizantes da Lava Jato que não apareçam por lá. Sinal de que algo, além do depoimento pode acontecer. No tumultuado processo político, o ministro Gilmar Mendes, tem sido criticado violentamente pelas redes sociais depois que liberou o empresário Eike Batista da cadeia. Juridicamente Gilmar está respaldado. Talvez o momento e o fato de sua mulher Guiomar, também advogada, integrar o escritório de Sergio Bermudes, que é um dos advogados de Eike, tenham contribuído para as críticas. Para o publico, o judiciário foi atingido. Mais ainda com a posterior liberação de José Dirceu, mandado para casa com tornozeleira eletrônica. É clima de confrontos que o governo tenta, nesta semana, aprovar a reforma da previdência, indispensável para o desenvolvimento do pais. Com ela, o impopular presidente Temer dá sua cartada para entrar para a história do país como um presidente da reforma. Assim como Itamar, que “bancou’” o Plano Real e foi extremamente criticado à época. Hoje, o reconhecimento, até de antigos críticos mordazes, como o ex-ministro Delfim Neto que, em entrevista ao jornalista Roberto D’Ávila, apontou Itamar como o melhor presidente do país nas últimas décadas.


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