A imortalidade da alma como pressuposto da existência de Deus
Diário da Manhã
Publicado em 8 de junho de 2017 às 02:52 | Atualizado há 8 anos
Assim como a preexistência da alma é pressuposto da reencarnação e a reencarnação é pressuposto da imortalidade, a imortalidade, por sua vez, é pressuposto da existência de Deus, o que nos parece de inequívoca racionalidade.
Caso contrário, seria de se perguntar:
De onde vem a alma humana?
E também a de todos os seres vitais?
Surgiria, por um passo de mágica, no corpo físico?
Seria uma das propriedades da matéria?
Ou seria mais lógico admitir que sua origem estaria além do ponderável?
Ou caberia as indagações de Léon Denis, com relação à origem da vida, ao Poder Supremo?
Diz ele, em “O Grande Enigma” (FEB – Rio de Janeiro/RJ – 4ª edição, cap. VI, p. 59/60):
“Ora, que vem a ser essa trilogia da substância, da vida, do pensamento, essa “generalidade suprema, essa lei universal, esse princípio único”, que preside a todos os fenômenos da Natureza, a todas as metamorfoses, a todos os atos da vida, a todas as inspirações do Espírito? Que é, pois, um centro no qual se resume e se confunde tudo – que é, tudo que vive, tudo que pensa? Que é, senão o absoluto, senão o próprio Deus? É verdade que se obstinam a recusar a inteligência suprema; mas ficará sempre por explicar de que modo uma causa inteligente – cega, inconsciente – pôde produzir todas as magnificências do Cosmos, todos os esplendores da inteligência, da luz, da vida, sem saber que o fazia. Como, – sem consciência, nem vontade, sem reflexão, nem julgamento – pôde produzir seres que refletem, querem, julgam, dotados de consciência e razão?!…”
Ora, se a alma – centelha divina –, que é perene, preexiste ao corpo, reencarna e depois retorna ao seu habitat natural, a reencarnação e a preexistência da alma são, sem dúvida, pressupostos da imortalidade da alma, porque só é suscetível de voltar à vida corpórea a individualidade espiritual, imortal, ou Mônada Quântica (expressão da Física Moderna) que já existia antes.
Pode-se dizer, pois, incontestavelmente, que a preexistência da alma é um pressuposto, ou condição sine qua non da reencarnação da alma.
Encarnar é uma coisa, mas reencarnar é outra. Só pode reencarnar a alma que já existia e que já tenha antes encarnado. Por isso mesmo, pode-se afirmar, categoricamente, noutras palavras, que a reencarnação da alma se faz preceder da sua preexistência e que antes já tenha animado um corpo físico.
Portanto, a preexistência da alma e a sua encarnação e sucessivas reencarnações em mundos físicos, fazem parte de um projeto divino, de que a ciência só agora começa a pesquisar, analisar e desvendar.
A Doutrina Espírita nesse assunto possui riquíssima literatura, cujos fatos reencarnatórios são comprovados cientificamente, pela ciência espírita e por inúmeros cientistas de renome internacional. Entre os quais estão os professores Ian Stevenson e Hemendra Nath Banergee, referidos por Marlene Nobre, no Título de número 30 de minha tese.
O método espírita, de observação e análise, não difere do método científico, de raciocínio indutivo, sem descurar do raciocínio dedutivo, que mais condiz com as deduções filosóficas, no mundo da literatura filosófica, e também na Revelação Espírita.
3 – Relativamente à imortalidade da alma, inúmeros pensadores, entre filósofos e cientistas, já a defendem, e, com deduções filosóficas e induções científicas, aceitam-na e a propalam, como se demonstrou nos Títulos anteriores, desta 4ª Parte.
Nota: De meu livro, inédito: “Deduções Filosóficas e Induções Científicas da Existência de Deus”
(Weimar Muniz de Oliveira. [email protected])