Opinião

Anápolis pode realizar primeira feira 100% virtual do mundo

Diário da Manhã

Publicado em 28 de março de 2017 às 02:08 | Atualizado há 8 anos

Agora é hora de Anápolis parar de chorar o leite derramado e voltar a crescer. Desmontada conspiração a favor de Aparecida de Goiânia nos bastidores do Governo do Estado, com o ingresso de um anapolino no comando da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação de Goiás – SED – não se justifica mais debitar o sumiço do investimento externo e a queda do crescimento do PIB à falta de representatividade e de participação efetiva nas decisões do governo. É hora de aproveitar o bom momento para superar as demandas e correr atrás dos investimentos.

Para reaquecer a sua economia, Anápolis precisa vencer demandas prioritárias e recorrentes, como a conclusão do Aeroporto Internacional de Cargas e do Centro de Convenções, a ampliação de áreas para a atração de indústrias, a consolidação do Polo Logístico, com a operação da Plataforma Multimodal, e a implantação do entreposto da Zona Franca de Manaus. A retomada depende, também, da geração da confiança do investidor externo e da motivação interna. Uma empresa tende a ir para onde são positivas as projeções de investimento. Aparecida de Goiânia perdeu a secretaria, mas está estruturada e motivada para continuar crescendo, enquanto Anápolis esgotou o seu prazo para superar a estagnação do PIB.

Nas não basta apostar nas ações do secretário Francisco Gonzaga Pontes, cuja indicação é apenas o começo do resgate de Anápolis, a partir de gestões do governador Maroni Perillo, do prefeito Roberto Naves e do deputado federal Jovair Arantes, na esfera política, e de lideranças do setor privado – Associação Comercial e Industrial de Anápolis e Fórum Empresarial de Anápolis.  É hora de aproveitar a energia de Roberto Naves, que chamou pra si a responsabilidade de brigar pela cidade. De acreditar em Francisco Gonzada Pontes, na SED, e Vander Lúcio Barbosa, na Sendec. E de apoiar as lideranças do setor produtivo e da terceira via, entre elas Anastácios Bágios (Acia), Ubiratan Lopes (Facieg) e Wilson de Oliveira (Fieg).

Polo de desenvolvimento nacional, com vocação internacional, Anápolis tem referenciais e diferenciais para mostrar o seu potencial. O momento é impar para Anápolis se transformar, efetivamente, em vitrine de Goiás através de uma feira de exposições de seus polos competitivos (indústria, comércio, serviços, turismo, educação, tecnologia e outros) na abertura do Centro de Convenções (mesmo inacabado; por que não?).  O segundo maior corredor de investimentos do Brasil, por onde passam mil 100 mil pessoas diariamente, tem PIB anual de U$ 260 bi, e potencial para garantir o sucesso de um mega evento, coordenado diretamente pelo prefeito, com a participação das lideranças empresariais e entidades da sociedade organizada.

Anápolis poderia realizar a primeira feira totalmente virtual do mundo: em vez de estandes tradicionais telões padronizados mostrando, por exemplo, o funcionamento online de indústrias. Tecnologia é o que não falta. Com baixo custo final, uma feira virtual tem infinitas oportunidades de negócio e diversão.  Entre as atrações da feira, no Centro de Convenções, km 100 da BR 060, o visitante poderia ver o potencial econômico de Anápolis, com ênfase em tecnologia, como se estivesse dentro das indústrias, com a possibilidade de acessar em um celular aplicativos para compartilhar informações, baixar vídeos ou fazer pedidos, com direito a descontos sobre produtos anunciados nos telões (inclusive isenções de impostos).

Nada mais monótono do que percorrer pavilhões de uma exposição  sem conhecer novidades, assim como nada é mais interessante em uma feira do que ser impactado pela inovação. Evento inovador  é aquele que transforma cada estande em uma feira dentro da outra, onde se possa conhecer, de forma dinâmica, as potencialidades das marcas e as novidades do mercado. Maior que o espaço do Centro de Convenções é o anseio dos anapolinos pelo sucesso da cidade. A feira da inovação teria tudo a ver com os conceitos de Marconi Perillo e Roberto Naves – inovação e ação – e poderia ser o marco do verdadeiro de resgate da motivação e da retomada do crescimento econômico de Anápolis.

 

(Manoel Vanderic, jornalista)


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