Opinião

Juntas somos mais fortes

Redação DM

Publicado em 10 de março de 2017 às 02:24 | Atualizado há 8 anos

O dia oito de março não comemora-se apenas o ‘Dia da mulher’. Essa data histórica é marcada por muitas lutas e vitórias conquistadas por nós mulheres. Celebrado em todo mundo, o Dia Internacional da Mulher é um grito, ainda muito recente, sobre libertação. Em Aparecida de Goiânia a luta não é diferente e igualmente também estamos conquistando nossos espaços nas mais diversas áreas da sociedade. Já vislumbramos hoje a realidade de dias melhores do que foi outrora a nossa cidade, principalmente no resgate à dignidade e na melhoria da qualidade de vida. Uma vitória ainda em evolução, mas que já oferece o mínimo de respeito à cidadania à nós mulheres aparecidenses.

A data é apenas um dia para não esquecer da luta diária que todas nós ainda temos que enfrentar, com a força de Deus, ao lado de nossa família, e das pessoas que nos amam, para que juntos possamos transformar a jornada que é tão pesada em uma caminha mais leve, cheia de amor e confiança na vitória, com fé, esperança e perseverança. Assim devemos enfrentar a luta árdua do dia a dia e é desta forma que estamos evoluindo para livrar de vez qualquer preconceito em relação a nós, mulheres.

Já lutamos por direitos que temos hoje e que se tornaram fundamentais na nossa história, como o direito ao voto. Essa conquista inseriu as mulheres na política, na vida pública e na sociedade. Conquistamos o direito, mas ainda assim, precisamos continuar lutando por participação mais incisiva das mulheres na política. Somos o grupo de maior representatividade dentro da sociedade e dentro das esferas do legislativo e executivo não somos nem 10 por cento. Mas, mesmo em minoria nas esferas do Poder Público, em Aparecida não nos falta o apoio necessário para a emancipação política e cidadã das mulheres, pois hoje temos todo aparato da administração municipal, como a Secretaria Executiva da mulher, os Centros de Convivênvia, os CEMEI´s, escolas, unidades de saúde e inúmeros programas sociais voltados para as nossas guerreiras e lutadoras do dia a dia, que contribuem decisivamente para o progresso do nosso munícipio. De minha parte, ao lado do prefeito Gustavo Mendanha, não nos faltará a luta para apoiar a nossa emancipação e evolução das mulheres.

Diante dessa realidade, precisamos despertar o gigante adormecido dentro de cada uma, e essa data serve exatamente para isso. O de lembrar quantos progressos já conquistamos ao longo da história e não permitir que tenhamos um retrocesso. Vivemos hoje uma realidade em que as mulheres conquistaram espaço e ocupam cargos de comando, delegam funções e são donas do próprio negócio.

Quem inventou que as mulheres são o ‘sexo frágil’, certamente não conhecia nossa dupla e muitas vezes tripla jornada de trabalho diário. Somos mães, esposas, donas de casa e funcionárias. Somos o abraço que conforta, o colo que aconchega e o carinho que cura. Acumulamos tantas funções que nem mesmo nós sabemos o quão fortes somos.

E mesmo com papeis tão importantes, vivemos ainda uma triste realidade. Em pleno século XXI mulheres ainda são vítimas de violência doméstica. É extremamente preocupante os altos índices dessa barbárie e que já se tornou caso de saúde pública. São mulheres mortas diariamente pelos seus próprios parceiros, ou que vivem toda a vida em situação de violência física e emocional. Outro grande alarme é o quantitativo de mulheres tiram a própria vida por não suportarem tal fardo. Sem deixar de lembrar dos sérios problemas que ainda persistem como a desigualdade de salários, a discriminação de gênero, o abuso sexual e feminicidio.

Por isso falar sobre o dia das mulheres é tão importante. É muito mais do que falar sobre empoderamento, é discutir políticas públicas e caminhar para uma sociedade mais justa e igualitária. Precisamos de políticas mais incisivas no intuito de proteger e garantir o direito a todas as mulheres. Um espaço em que homens e mulheres possam trabalhar em conjunto para transformar o mundo em um lugar mais justo e harmoniosa para todos.

Precisamos caminhar de mãos dadas, ajudando umas as outras, formando uma forte corrente. Essa é uma luta de todos nós e sobre o quão longe ainda podemos chegar. O lugar da mulher é onde ela quiser, onde ela sinta prazer em estar. Seja em casa, cuidado da família, seja no trabalho, na política ou em qualquer espaço que ela sinta segura, em paz e feliz.

Juntas somos mais fortes.

 

(Mayara Mendanha, primeira-dama e secretária de Assistência Social de Aparecida de Goiânia)

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