“Fizemos todos os ajustes necessários para colocar Goiás na vanguarda do Brasil em 2018”
Redação
Publicado em 9 de março de 2017 às 02:22 | Atualizado há 8 anos
Depois de ter realizado amplo ajuste fiscal em 2015 e 2016, superado a crise econômica nacional e conseguido recuperar o equilíbrio das contas, o governador Marconi Perillo prepara o anúncio de um grande programa de investimentos em diversos setores. Em entrevista concedida hoje, ele afirmou que os recursos serão da ordem de R$ 3 bilhões, para investimentos em 2017 e 2018. “Fizemos todos os ajustes necessários para colocar Goiás na vanguarda do Brasil em 2018”, declarou. Segundo ele, o programa poderá ser considerado a primeira grande reação à crise econômica brasileira.
Marconi também falou sobre a missão comercial ao Oriente Médio, comentou a declaração dada ontem pelo senador Aécio Neves, que o colocou como o governador mais inovador do País; relatou como se sente ao completar 54 anos, e transmitiu uma mensagem de otimismo pelo Dia Internacional da Mulher.
– Que avaliação o senhor faz da missão comercial no Oriente Médio?
Avaliação altamente positiva. Nós tivemos a oportunidade, tanto eu liderando a delegação de Goiás e do Brasil, quanto os embaixadores que nos receberam, os empresários e também o presidente da Assembleia, de conversar com grandes autoridades de três países muito importantes do Oriente Médio. Começamos pelos Emirados Árabes, depois Arábia Saudita e, por fim, o Líbano. Nós estivemos com autoridades e empresários líderes de fundos soberanos, acertamos protocolo de intenções para a vinda de uma nova fábrica para Goiás, com a geração de mais 600 empregos diretos (Caracal). Falei pessoalmente com representantes de fundos soberanos e levei projetos de energia, de saneamento, o trem de Brasília a Goiânia, dentre outros, para grandes fundos soberanos desses países. Estive com o presidente do Líbano, Michel Aoun, quando também apresentei as potencialidades de Goiás. Estive com o príncipe da Arábia Saudita, Maqrin Al Saud, e com outros empresários e autoridades importantes, e também com grandes autoridades dos Emirados Árabes. O fato é que o Brasil é quase que um risco n’água na relação com esses países. Uma relação muito tímida e muito fraca. E Goiás é um estado que não é conhecido por lá, porque é um estado central, que não tem o nível de disposição de São Paulo, por exemplo. Se a gente não vai a esses países e mostra as riquezas, os avanços, a modernização, a estratégia, logística e infraestrutura de Goiás, a importância na produção do agronegócio, continuamos a ser desconhecidos lá fora.
– A oposição critica, diz que não traz resultados concretos. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
A oposição sempre quer que o governo ande para trás, que o Estado ande para trás. Se dependesse da oposição, não teríamos avançado em nada, porque a única alternativa para a oposição ou para alguns setores atrasados da oposição em Goiás o ideal é que eu não fizesse nada, que eu ficasse parado, não mandasse e não trouxesse capital, que não trouxesse investimentos, não gerasse empregos, não viabilizasse obras, para que eles pudessem ganhar sem discurso. O fato é que quanto mais nos mobilizamos, mais nos articulamos no Brasil e no exterior; quanto mais trazemos indústrias, modernização, investimentos em todas as áreas, mais fica difícil para eles de sustentar um discurso contra o governo. Então, é natural que alguns líderes da oposição tenham uma visão atrasada, medíocre, tacanha. E eu vou continuar fazendo o que sempre fiz, que é acelerar para valer o desenvolvimento de Goiás.
Como foi o encontro com o presidente do Líbano?
Ele foi extremamente simpático. O Líbano, como o Brasil, passou por dois anos de crise, e sem presidente da República. Ele assumiu agora, e demonstrou um apreço enorme. Afinal de contas, o Brasil tem entre libaneses e descendentes três vezes mais o número de libaneses do que o próprio Líbano. Então, nós somos um País irmão dos libaneses, e temos muito o que fazer conjuntamente. Existem muitas potencialidades, e o que falta é o entrosamento maior, e isso eu estabeleci com ele numa conversa muito boa.
– O que essas missões podem efetivamente mudar na vida dos goianos?
Primeiro, empregos. Você viabilizar uma indústria nova é emprego. Segundo, você mostra uma realidade que não é conhecida lá. Mostra a realidade do Brasil Central, a realidade de Goiás, que é o estado mais estratégico e mais central do Brasil, e onde está também a capital da República, Brasília. Mostra nesses seminários tudo o que temos em termos de carteiras de projetos, os incentivos fiscais que nós adotamos aqui, as facilidades que os empresários têm para trazerem seus investimentos, abrirem suas fábricas e seus negócios para geração do emprego, porque isso, sim, mexe com a vida das pessoas.
– O senador Aécio Neves disse que o senhor é o governador mais inovador e trabalhador do Brasil. Como o senhor recebe essa afirmação?
Nós estamos aprofundando cada vez mais o programa Goiás Mais Competitivo e Inovador, com vistas a explorar e a avançar cada vez mais em políticas públicas voltadas à ciência, à tecnologia, pesquisa, inovação e competitividade. Eu realizo semanalmente reuniões setoriais ou coletivas tratando de assuntos de cada uma das pastas ou assuntos pertinentes à inovação e à competitividade do governo do Estado de Goiás. Cobro o cumprimento de metas, estabeleço uma série de diretrizes que vão sendo cumpridas pelos secretários de estado, a fim de que Goiás possa, até o final do ano que vem, estar entre os mais importantes na inovação e na competitividade. Talvez por isso, Aécio Neves, que foi um importante governador de Minas Gerais, Geraldo Alckmin, já pela 4ª vez governador de São Paulo, reconhecem o esforço que nós temos feito no sentido da modernidade, dos avanços na gestão que permitem que Goiás seja hoje considerado um dos estados mais eficientes e avançados do País.
– O que os goianos podem esperar do governo em 2017 e 2018?
Nós fizemos todos os ajustes necessários para enfrentar a pior crise econômica da história do Brasil. Criamos todas as políticas de austeridade que nos acompanharam nesse período difícil. Agora, estamos nos preparando para o lançamento de um amplo programa de investimentos que vai colocar Goiás na vanguarda do Brasil, especialmente nesse momento de superação de crise. A minha expectativa é que possamos anunciar, com recursos assegurados para os próximos dois anos, algo em torno de R$ 3 bilhões em investimentos em todas as áreas mais importantes para o povo goiano.