Jackson Follmann é o último a receber alta
Redação DM
Publicado em 25 de janeiro de 2017 às 00:27 | Atualizado há 8 anos
O goleiro Jackson Follmann recebeu alta na manhã desta terça-feira. O atleta da Chapecoense é o último sobrevivente do desastre aéreo a deixar o hospital. Em entrevista coletiva, Follmannn, muito emocionado, afirmou estar bem fisicamente.
“Enfim chegou o grande dia. Mais uma etapa concluída graças à Deus. Estou muito feliz com a alta do hospital, saio até com o coração um pouco apertado, porque fiz grandes amigos aqui que vou levar para a vida toda. Sei do cuidado que todos tiveram comigo. Isso me deixou muito feliz, muito motivado, e saio daqui feliz e forte, com praticamente tudo curado”, afirmou Follmann.
O goleiro esteve presente no amistoso entre Chapecoense e Palmeiras, na Arena Condá, no último sábado. Muito emocionado, o jogador, ao lado dos sobreviventes Neto e Alan Ruschell, recebeu homenagens do clube e levantou a taça da Copa Sul-Americana.
“Quero poder sair, respirar o ar, sentir o carinho das pessoas. Até sábado eu não sabia da grandeza que se tornou toda essa tragédia. Sei que hoje somos fonte de inspiração e fico muito feliz, espero que eu possa agregar alguma coisa de bom para todas essas pessoas”, acrescentou.
Em fase final de recuperação, Follmann manifestou o desejo de se manter no clube catarinense. O atleta, que teve parte da perna direita amputada, afirmou que quer “representar o clube e levar a Chape mundo afora”.
“A Chape me abriu as portas, é minha segunda casa, e quero crescer muito dentro do clube, poder conhecer coisas novas e vou buscar me aprimorar. Até então, eu sabia o que era ser jogador de futebol, agora pretendo continuar dentro do esporte, mas vou procurar conhecer coisas novas dentro do clube. É um momento de aprendizado”, afirmou o jovem de 24 anos. No último sábado, Follmann apareceu na Arena Condá em uma cadeira de rodas, e com sua perna amputada à mostra. Quando questionado sobre a cena, o goleiro se mostrou muito convicto e afirmou não ter “vergonha” de seu corpo.
“Não tenho porque esconder essa minha perna, é uma coisa que faz parte do meu corpo, da minha vida. Tenho muito orgulho do meu corpo, porque sei muito bem que meses atrás tinha lesões muito graves e agora estou recuperado. Talvez eu jogue até uma bolinha”, contou, muito bem humorado, o sobrevivente.