Orçada em R$ 17 milhões, nova sede segue parada
Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2017 às 23:56 | Atualizado há 8 anos
Orçada em R$ 17 milhões e com previsão de entrega para maio de 2016, as obra da nova Câmara Municipal de Anápolis, a 55 km de Goiânia, está paralisada em sem previsão de retorno, segundo informa o G1/GO.
Relatório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) apontou uma série de erros estruturais. As empresas responsáveis pelo projeto negam as irregularidades. Conforme a avaliação, a falhas no reservatório de águas para incêndio e nas saídas de emergência, na iluminação e ventilação natural, além de explicar como será feito o acesso ao prédio antigo, que vai continuar sendo usado.
Dentro do prédio, é possível notar também que algumas vigas estão a uma altura bem pequena, sendo possível encostar a cabeça nelas quando se está de pé. “São erros básicos, que poderiam ser sanados de maneira antecipada, no momento da elaboração, da concepção dos projetos”, afirmou o conselheiro do Crea-GO em Anápolis, João Belém Júnior, em entrevista ao G1/GO.
O órgão concluiu ainda que a origem das irregularidades pode ser atribuída à omissão, negligência ou imprudência dos profissionais envolvidos.
Escritório se defende
O projeto pela empresa FA GM Arquitetos, que nega as irregularidades. O arquiteto e proprietário do escritório, Gilmar de Morais, afirmou que uma rampa vai ligar os dois prédios.
Destacou ainda que falta de iluminação natural não é, necessariamente, preciso nesses casos. Sobre a altura das salas, ele tentou justificar. “A gente já limita a altura desse pé direito em 2,6 m, praticamente 2,7 m. O que aconteceu é que quando fizeram o projeto de estrutura, essa viga ela foi dimensionada de forma que ela avançou muito”, disse. A solução, destaca, será rebaixar o piso.
A obra envolve ainda a Construtora Albenge e a empresa CTE, contratada para elaboras os projetos complementares. Esta última ainda terceirizou a elaboração do projeto estrutural de vigas e pilares para outra empresa, a Projeção Arquitetura.
Em nota, a Albenge nega erro na execução das vigas. A empresa deixou a obra em abril de 2016, quando acabou o contrato com a prefeitura.
Já a Projeção Arquitetura informou à TV Anhanguera que a CTE falaria por ela, o que não ocorreu.
Imbróglio
A obra é da Prefeitura de Anápolis e começou a ser realizada em 2014, na gestão de João Gomes (PT), que deixou o cargo em dezembro passado. Ele afirmou que a licitação e a contratação foram feitas antes de posse dele e que a obra passou depois que ele não concordou com um aditivo de R$ 3 milhões.
O ex-secretário de Obras, Leonardo Viana nega que houve irregularidades. “Tudo que está ali feito e realizado está de acordo com os projetos apresentados e isso que nós acompanhamos”, afirma.
No entanto, para o vereador reeleito Lisieux José Borges (PT) e também engenheiro, pensa diferente. “O problema, tenho certeza que foi lá atrás. A arquitetura ter conversado mais com quem ia elaborar os projetos complementares ou a pessoa que fez os projetos complementares ter conversado com a arquitetura, ter buscado soluções pra alguns problemas de locação, enfim, todos os probleminhas que vieram a surgir”, opina.
O novo prefeito de Anápolis, Roberto Naves (PTB) disse que vai continuar a obra, mas salienta que é preciso revisar o projeto para resolver os problemas e diminuir os custos. A partir daí, será feita uma nova licitação.