“Um beija-flor, filho de águia”
Redação DM
Publicado em 15 de dezembro de 2016 às 00:58 | Atualizado há 5 mesesGkhyilberto Margon é natural de Catalão, a pouco mais de 361 quilômetros da Capital. Nascido em 17 de março de 1958, Gilberto Margon Sucena é filho de Nilo Margon Vaz, ex-político goiano, três vezes ministro de Estado, vereador por Catalão, fazendeiro, proprietário de frigorífico, afinal, um homem de fortes influências no Estado de Goiás. Nas palavras de Batista Custódio, Gilberto é um beija-flor, filho de águia. Quem poderia imaginar um homem que comandou a carreira política com mãos de ferro teria um filho tão artista?
Segundo narrou o próprio Gilberto, no final de seu ensino médio, o então jovem garoto interiorano desistiu do vestibular e fugiu para o Rio de Janeiro, levando consigo o dinheiro de um ano de estudos. Chegando na Cidade Maravilhosa, Gilberto foi assaltado e teve de retornar para casa. Artista nato, autodidata, Gilberto nunca estudou artes, exceto pela dança. Bailarino clássico, iniciou carreira como professor de balé na Escola de Arte, Música e Dança Veiga Vale, local este onde também fez parte do Movimento Veiga Vale, tendo realizado mais de vinte exposições. Fora do mundo dos passos e ritmos, Gilberto Margon e as telas têm uma longa história, começando pelos desenhos, a pintura, colagem, fotografia e, atualmente, a tapeçaria.
Na tapeçaria, Gilberto Margon começou fabricando cintos e carteiras femininas, aprimorou sua arte e passou a confeccionar telas, partindo da linha de trabalho naturalista, já que o artista mora em sítio. Um artista nato, recluso em meio ao Cerrado. Não tem e-mail, nem usa a internet. Um homem convencional, adepto do tato, daquilo que é palpável, tangível, característica de bons artistas.
Já tem carreira no mundo das exposições há bastante tempo. Carrega no currículo três exposições em Goiás Velho, no Moinho do Trigo, “duas de fotografia e uma de tapeçaria”, recorda. Além das mais de vinte já mencionadas pelo Movimento Veiga Vale. Agora traz para Goiânia a segunda exposição Iluminarte, agora na linha Prata. A primeira, realizada ano passado, em Uberlândia, era da linha Dourada, e já prepara a próxima em Catalão, na linha Cobre. Sobre o nome Iluminarte, Gilberto Margon Sucena revela que vem de seu estado de espírito durante o processo criativo. “Não que eu seja iluminado, mas a arte é”, frisa o visionário.
A exposição Iluminarte tem início nesta sexta-feira, 15 de dezembro, a partir das dezenove horas, e vai até o dia vinte e oito de fevereiro de 2017, na Sala Antônio Poteiro, na Vila Cultural Cora Coralina, atrás do Teatro Goiânia. O horário de funcionamento vai das dezenove às vinte e duas horas, diariamente.