Gol extravia criança que viajava desacompanhada
Redação DM
Publicado em 5 de dezembro de 2016 às 18:39 | Atualizado há 9 anosPor uma falha nos procedimentos da empresa Gol linhas aéreas, um menino de seis anos que viajava desacompanhado dos pais, foi embarcado para Curitiba, no Paraná. O problema é que a viagem da criança era do Rio de Janeiro para Vitória, no Espírito Santo. O caso aconteceu na última sexta-feira (3).
O garoto viajava pela primeira vez desacompanhado, mas levava consigo, além dos documentos de identificação, a autorização da Justiça para ir apenas aos estados do Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro.
Revolta
Revoltado com a situação o pai do garoto expôs o caso em uma postagem no Facebook. O professor Wanderson Romão, de 33 anos, contou que o menino foi entregue pela mãe aos funcionários da Gol por volta das 16h, no aeroporto internacional do Galeão.
Também contou que depois disso recebeu e-mails da Gol que confirmavam o embarque do garoto no voo Rio-Vitória.
Porém, na hora de buscar o menino em Vitória o erro foi percebido. Ele esperava o filho para comemorar seu aniversário, mas notou que ele não desembarcou do avião que acabava de pousar, às 18h20. “Foi (sic) as piores horas da minha vida, pois percebi que meu filho havia desaparecido”, escreveu o professor.
Wanderson disse que buscou respostas junto a funcionários da companhia aérea e da Infraero, mas só conseguiu ajuda depois de contatar a Polícia Federal, que descobriu que o menino não havia embarcado.
A mãe do menino, voltou ao aeroporto do Galeão para procurá-lo, mas somente depois de uma hora a Gol entrou em contato informando que a criança havia chegado em Curitiba.
“Ninguém estava acreditando, a vó da criança, eu, a mãe, meus amigos. O mundo caiu! Veio a tragédia de Chapecó imediatamente em minha cabeça”, escreveu.
“O que era para ser um voo de 45 min se transformou em um voo de 1h e meia e em um filme de terror! A criança estava com medo, havia chorado durante o voo de ida”, afirmou Wanderson.
Além desse transtorno, o pai narra que não pode falar com o filho e que este não teve acompanhamento de um funcionário da Gol durante o voo, mesmo ele tendo pago por este serviço a taxa extra de 100 reais.
A mensagem de Wanderson viralizou na internet e, até a postagem da matéria, tinha mais de 471.000 curtidas e 125.00 compartilhamentos.
Pedido de desculpas
Segundo a Gol, o menino foi entregue à mãe por volta das 20h40 e de acordo com nota a companhia afirma que “em nenhum momento a criança correu qualquer risco”. O informativo também pede desculpas a Wanderson Romão, à criança à mãe e a familiares pela falha no procedimento de embarque.
A empresa afirmou ainda que identificou a causa do problema e diz estar adotando medidas para evitar casos parecidos. Para reforçar o pedido de desculpas o vice-presidente de operações da aérea, Sérgio Quito, publicou um vídeo nas redes sociais e disse estar desapontado com o problema, como executivo e como pai e avô.
O pedido de desculpas não sensibilizou o pai do garoto que questionou a empresa quanto a seus procedimentos: “Existem várias histórias como a minha. Esse não é o primeiro erro de vocês. Vocês estão assumindo por que eu me manifestei! Parem de errar e tratem melhor os brasileiros”.