Polícia Civil desmantela quadrilha que aplicava golpes milionários
Redação
Publicado em 2 de novembro de 2016 às 01:08 | Atualizado há 9 anosA Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), apresentou ontem (1º/11) uma associação criminosa responsável por causar prejuízo milionário com aplicação de um golpe conhecido por “arara”. O crime consistia em adquirir empresas em nome de “laranjas”, as quais contraíam dívidas originárias das mais variadas negociações que nunca são quitadas.
Robson Carlos Rabelo, 33, Márcio de Almeida, 38, Carla Militão Haag, 43, e Odair Pedro da Silva, 53, foram presos no Paraná e em Santa Catarina. Eles, inclusive, usavam nomes falsos durante os crimes. Wigna Oliveira da Silva, 21, e Nereide Pereira da Silva, 54, faziam parte do esquema e estão foragidas. Odair é um velho conhecido da polícia e possui dezenas de processos por estelionato.
De acordo com a delegada chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Gref), Mayana Rezende, as investigações revelaram que o grupo se instalou na região metropolitana de Goiânia em setembro de 2015, em uma mansão alugada.
“Eles adquiriram três empresas já em operação no mercado e abriram mais uma filial, no ramo de vidraçaria e de calçados”, conta. “Após realizarem a transferência para o nome de laranjas, aproveitavam do crédito que as empresas possuíam no mercado e começavam a realizar inúmeras compras, como carros, caminhão, motocicleta e lanchas”, afirma a delegada.
O grupo permaneceu na capital por quatro meses, acumulou R$ 1 milhão em compras, levando todos os produtos obtidos de forma fraudulenta e fugiram. Em um dos casos, eles deram um cheque sem fundo a um dono de uma loja de calçados em Edealina, a 120 quilômetros de Goiânia, no valor de R$ 75 mil.
Em outra situação, compraram um caminhão de pequeno porte de um homem em Goiânia. O prejuízo foi de R$ 87 mil. “Ele é muito bom de conversa. Me convenceu por ter adquirido uma loja tradicional na região noroeste da Capital. Achei que era um homem confiável”, lamenta o senhor que não quis se identificar.