Entretenimento

Faça ao outro o que gostaria que fizessem com você. Será?

Redação DM

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 01:13 | Atualizado há 7 anos

Desde crianças somos ensinadas a fazer aos outros somente aquilo que a gente gostaria que fizessem com a gen­te. Apesar de ser uma boa base para re­lacionamentos sociais equilibrados, essa máxima pode ser uma pegadi­nha quandose trata de relacionamen­tos amorosos. Segundo a orientadora emocional para mulheres, com foco em relacionamentos, e criadora e au­tora do Blog da sAmarildas, tratar o ou­tro com respeito, verdade, honrando sua individualidade e abraçando suas sombra sé a melhor forma de demons­trar como desejamos ser tratadas. No entanto, quando usamos essa máxi­ma com segundas intenções, ou seja, com o interesse de receber algo em troca, corremos o risco de nos frustrar.

“Muitas de nós, ao invés de falar abertamente o que querem, esco­lhem dar “dicas” ou deixar “pistas” sobre como desejam que a relação se desenvolva, aplicando exatamen­te o princípio do “faça ao outro o que gostaria que fizessem com você”. Ao fazer isso, deixamos de levar em con­taalgosimples: nãosomosiguais! Um casal é formado de duas pessoas que têm não apenas gostos e preferências muito particulares, como histórias de vida e costumes totalmente diferen­tes. E isso faz com que cada uma (re) aja de forma diferente na vida a dois”, explica Camilla.

Ela dá um exemplo: “Se você pre­senteiaseuparceirocomfloresporque desejaqueeletambémofaça, masnão fala isso diretamente, pode ser que ele não corresponda ao seu desejo. E isso porque: 1) nem sempre a gente “paga namesmamoeda” tudoaquiloquere­cebe, 2) talvezelenemgostedereceber florese, comoaprendeuafazercomos outrosapenasoquegostariaquefizes­sem com ele, não retribuirá seu presen­tedamesmaformaou, 3) quemsabe, o ato de oferecer flores a alguém acione nele algumas lembranças não tão posi­tivasdopassado, porexemplo”. Épossí­velentendercomoissotudopodevirar uma imensa confusão quando opta­mos por “dar dicas” ao invés de falar diretamente o que desejamos?

MAS, ENTÃO, COMO AGIR?

Deseja algo? Expresse! A orienta­ção de Camilla é ser direta e verda­deira: “Quando agimos com respei­to, verdade e amorosidade, damos o exemplo, ‘ensinamos’ pelo nosso jei­to de ser. Até aí, perfeito. Mas, quan­do a gente Quer efetivamente que o outro faça algo, o melhor a fazer é co­municar de forma aberta e direta – assim, somos muito mais assertivas e evitamos mal-entendidos e frus­trações”. “Diga a ele que gosta de re­ceber flores! Porque pode ser que ele ainda não tenha consciência de tudo aquilo que te faz feliz. Diga a ele que quando ele fica quieto demais por muito tempo, sem explicar os moti­vos, você se sente insegura. Porque pode ser que esses momentos de in­trospecção sejam especiais para ele e simplesmente não tenham nada a ver com você”, lembra ela.

Para Camilla, fazer ao outro o que desejamos que façam com a gente significa, inclusive, respeitar o fato de que ele não vai adivinhar nossos de­sejos. Além disso, cada um cresceu em um ambiente diferente, com há­bitos familiares distintos e, muitas ve­zes, até opostos. Portanto, nem tudo aquilo que nos parece óbvio é óbvio para os outros. “Para que o relaciona­mento flua sem grandes desentendi­mentos, é preciso diálogo, confian­ça mútua e o entendimento de que somos pessoas completas e únicas, mas distintas – unidas pelo objetivo de construir uma vida juntos. Então, seja direta, objetiva e verdadeira ao se comunicarcomseuparceiro. Issoési­nal de maturidade”, enfatiza.

 


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