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Contato com outras culturas e idiomas beneficia cérebro em desenvolvimento

Redação

Publicado em 11 de agosto de 2018 às 22:29 | Atualizado há 7 anos

Aprender uma segunda língua têm incutido em pais e responsá­veis uma procura, cada vez mais cedo, por maneiras de ensiná-los e ambientá-los com o idioma. O momento certo ainda é a gran­de dúvida: seria realmente verda­de que, na primeira infância, essa imersão pode prejudicar ou con­fundir a criança? Para derrubar esse mito, um estudo das institui­ções canadenses Concordia Uni­versity e York University, de Mon­treal e Toronto, respectivamente, e Université de Provence, de Mar­selha, França, garante que uma criança fluente em mais de uma língua não apenas não se confun­de, como também tende a se con­centrar mais do que aquela que só fala uma língua, a monolíngue.

“Oferecer educação bilíngue a uma criança desde pequena é fa­cilitar o seu acesso às inovações que ocorrem a todo instante, ampliando suas possibilidades e oportunidades de realizações. É comprovado que o estudo mul­ticultural estimula o cérebro, o raciocínio lógico, a criatividade e a concentração, uma vez que elas precisam reconhecer e di­ferenciar os fonemas e as pala­vras para conseguirem enten­der e ser compreendidas nesse novo espaço que habitam”, pon­tua a coordenadora bilíngue da Sphere, em São José dos Cam­pos, Susan Clemesha.

A maneira mais eficaz de uma outra língua ser inserida no dia a dia infantil é por meio das escolas de educação bilíngue, ainda que voltada para os pequenos, são mi­nistradas em inglês. CEO da Sphe­re, Arno Krug, complementa que, em pouco tempo de adaptação, as crianças automaticamente conse­guem determinar o código apro­priado para diferentes contextos e resolvem naturalmente essa ques­tão, sem que haja qualquer prejuí­zo ao idioma materno ou dificul­dade na alfabetização.

“Além da linguística, o en­volvimento social e cultural com a nação de origem des­se idioma deve ser incluído no panorama de ensino para aju­dar no contexto e na ambienta­ção do aprendizado”, completa. Estudos apontam que, na fase entre os dois e quatro anos de idade, existe uma “janela” críti­ca de formação no cérebro para o aperfeiçoamento da lingua­gem, provocada pela influência mais acentuada de uma mem­brana dos neurônios. O resul­tado é que as interferências ex­teriores durante essa fase têm maior impacto, principalmente com o que se refere ao aprendi­zado de novas palavras.

Mas é preciso conhecer as di­ferentes propostas, pois em mui­tas escolas bilíngues, as discipli­nas são lecionadas em português. Para se esquivar de falsas propos­tas, a dica para os pais é procu­rar por escolas que possuam o certificados. Um dos mais pres­tigiosos órgãos de certificação internacional é o International Baccalaureate–IB, com quatro programas destinados a crian­ças e jovens: o Primary Years Pro­gramme (PYP), o Middle Years Programme (MYP), o Diploma Programme (DP) e Career-rela­ted Programme (CP). No Brasil, são cerca de 35 escolas com a cer­tificação em um ou mais dos di­ferentes programas.

A certificação, amplamente reconhecida, é concedida às ins­tituições aptas a oferecer um en­sino que englobe aspectos inte­lectuais, pessoais e emocionais, assim como habilidades de vi­ver, aprender e trabalhar num mundo globalizado. Hoje, são mais de 4200 escolas em 147 países chamadas de Escolas do Mundo do IB, que atendem, jun­tas, mais de 1.250.000 alunos.

“As escolas IB compartilham uma filosofia em comum: com­promisso com a alta qualidade, desafios e educação em âmbito internacional. Ter esse certifica­do nos posiciona entre as melho­res escolas desse segmento no Brasil, um título que para o alu­no, principalmente, é um dife­rencial, já que várias universida­des mundo afora reconhecem a qualificação IB durante seus pro­cessos seletivos”, ressalta o CEO da instituição, Arno Krug.


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