Opinião

A força do exemplo

Redação DM

Publicado em 10 de agosto de 2018 às 23:27 | Atualizado há 7 anos

Sem­pre ou­vir fa­lar que o exem­plo fa­la mais al­to do que as pa­la­vras. Tu­do por­que uma coi­sa é ou­vir e a ou­tra é ver. A fal­ta de bons exem­plos têm con­tri­bu­í­do pa­ra a des­cren­ça e des­con­fi­an­ça do po­vo, ao pon­to de não con­fi­ar mais em qua­se nin­guém. Os pri­mei­ros bons exem­plos sem­pre vi­e­ram dos pa­is, da fa­mí­lia e das pes­so­as adul­tas. O lar cons­tru­í­do com es­sas ca­rac­te­rís­ti­cas têm tu­do pa­ra ser fe­liz e for­mar cri­an­ças em adul­tos com­pro­me­ti­dos com os prin­cí­pios da éti­ca, da mo­ral e dos bons cos­tu­mes. Se os exem­plos nes­se con­tex­to fo­rem ru­ins, por mais que os pa­is se es­for­cem na edu­ca­ção das cri­an­ças e dos ado­les­cen­tes, di­fi­cil­men­te te­rão su­ces­so. Em con­se­quên­cia, o pa­ís te­rá uma po­pu­la­ção des­pre­pa­ra­da e in­fi­el as nor­mas so­ci­ais es­ta­be­le­ci­das. Se es­sa eta­pa da vi­da do jo­vem for des­vir­tu­a­da, por qual­quer mo­ti­vo, a for­ma­ção da ci­da­da­nia se­rá pre­ju­di­ca­da e fa­rá mui­ta fal­ta na vi­da adul­ta das no­vas ge­ra­ções.

O Bra­sil atra­ves­sa gra­vís­si­ma cri­se mo­ral. Por mais que al­guns quei­ram es­ca­mo­te­ar es­sa ver­da­de e cul­par os avan­ços da so­ci­e­da­de mo­der­na, não vão jus­ti­fi­car, por­que o pre­ju­í­zo cau­sa­do às fa­mí­lias e ao pa­ís é imen­su­rá­vel e ir­re­pa­rá­vel. A fal­ta de res­pei­to, o ex­ces­so de  por­no­gra­fia e a au­sên­cia de dis­ci­pli­na em to­dos os es­tá­gios da vi­da têm ali­men­ta­do a vi­o­lên­cia e a de­sor­dem so­ci­al. O ex­ces­so de li­ber­da­de têm le­va­do as no­vas ge­ra­ções a não res­pei­ta­rem nin­guém, a fa­ze­rem o que que­rem e ras­ga­rem os prin­cí­pios da éti­ca, da mo­ral e dos bons cos­tu­mes, pi­la­res in­dis­pen­sá­veis à cons­tru­ção de uma so­ci­e­da­de ci­vi­li­za­da.

A es­pe­ran­ça dos bra­si­lei­ros re­pou­sa no re­sul­ta­do das pró­xi­mas elei­ções, na ex­pec­ta­ti­va dos elei­to­res vo­ta­rem com res­pon­sa­bi­li­da­de, es­co­lhen­do os me­lho­res can­di­da­tos que se apre­sen­ta­rem. Não se tra­ta de sa­u­do­sis­mo e nem de que­rer vol­tar ao pas­sa­do, is­so é im­pos­sí­vel, a ques­tão é avan­çar e cres­cer ten­do bons exem­plos a se­guir. Ho­je, la­men­ta­vel­men­te, o bra­si­lei­ro não têm bo­as re­fe­rên­cias à co­pi­ar. Os adul­tos, os su­pos­tos lí­de­res e as au­to­ri­da­des cons­ti­tu­í­das, que de­ve­ri­am ser re­fe­rên­cias pa­ra as no­vas ge­ra­ções, têm si­do exem­plos ne­ga­ti­vos pa­ra os mais jo­vens. O pró­xi­mo go­ver­nan­te do Bra­sil, se­ja lá quem for, têm a sa­gra­da mis­são de re­to­mar a cons­tru­ção de uma so­ci­e­da­de di­fe­ren­te, on­de a ba­se de sus­ten­ta­ção se­ja ins­pi­ra­da nos três pi­la­res que com­ple­tam a vi­da do ser hu­ma­no, Deus, Pá­tria e Fa­mí­lia.

 

(Gercy Jo­a­quim Ca­mê­lo, co­ro­nel da Re­ser­va Re­mu­ne­ra­da da Po­lí­cia Mi­li­tar de Go­i­ás)


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