Escândalo: a culpa é do partido
Diário da Manhã
Publicado em 6 de agosto de 2018 às 23:17 | Atualizado há 7 anos
Os responsáveis pelos escândalos que envolvem membros do Poder Executivo e Legislativo, no Brasil, são os partidos políticos. As legendas, em suas convenções oficiais, escolhem os nomes para a consulta popular. Às eleições diretas. As siglas apresentam, sim, o seu ‘menu’ ao eleitor. Nas 27 unidades da Federação. De um País de dimensões continentais. A culpa não é do eleitor. Muito menos da mídia. Ou dos grandes conglomerados de comunicação existentes.
Pré-candidatos a deputado federal, a Câmara Baixa do Congresso Nacional, não sabem os seus papéis institucionais. Como executar a tramitação de um projeto de lei. Mais: os caminhos para monitorar a elaboração do Orçamento-Geral da União. A gestão dos recursos públicos. Para a Educação e Saúde, o repasse ao Estado e ao município e os mecanismos de funcionamento tripartite. Até a ponta do sistema. A não prestação de serviços de excelência ao cidadão.
Faltam à União, Estado e Município transparência total na movimentação de recursos. Ferramentas de última geração, da tecnologia do século 21, poderiam permitir que o leitor acompanhasse a execução orçamentária. Onde o dinheiro é mal aplicado. Para, quem sabe, dar novo destino. A um recurso que é extraído dos impostos cobrados. Dos empresários e dos trabalhadores. Capital & Trabalho. O que acabaria em parte com a corrupção que grassa o País
O Brasil possui um Estado Mastodôntico. Enorme. É preciso diminuí-lo. Com a navalha em sua carne, sobrarão recursos para investimentos em múltiplas áreas. Setores estratégicos para a sociedade civil. Como Saúde, Educação, Segurança Pública, Meio Ambiente e em Programas Sociais. É a rota para a modernidade. O que incluiu a redução dos níveis ‘estratosféricos’ de desempregados e desalentados, integrantes do mercado informal e de pobreza extrema.
Ícone da Escola Austríaca de Economia Política, Friedrich von Hayek defende o que classifica como Estado Mínimo. Como papel de regulador da Economia. Em Tempos de Globalização. Para impedir a formação de monopólios. Oligopólios que destroem a pedra angular do capitalismo contemporâneo. O liberalismo econômico. A livre concorrência. Com a mão invisível do mercado. Para a produção, em larga escala e de distribuição, da riqueza comum.
(Hermes Traldi, 63 anos, engenheiro agrônomo, produtor rural, empresário do meio urbano, analista de cenário, homem de ideias liberais, formação enciclopédica e cultura humanista)