Aquecimento com voltas rápidas

O primeiro dia de prepara­tivos para a Corrida do Milhão no autódromo de Goiânia foi marcado por um do­mínio da equipe Hero Racing, que teve dois representantes liderando os treinos livres. Foram duas bate­rias realizadas no período da tarde. No primeiro treino livre, o portu­guês Félix da Costa foi o mais rápi­do, com o tempo de 47s903. Logo depois foi a vez de seu companhei­ro, Lucas di Grassi, brilhar. O brasi­leiro marcou a volta mais veloz de todo o dia, com 47s756.

Os treinos livres não interfe­rem no grid de largada da cor­rida, são apenas uma oportu­nidade de os pilotos terem um primeiro contato com o carro e com o traçado da pista. Até por isso, Lucas di Grassi foi discreto na comemoração de seu tempo.

“O foco de hoje (ontem) era trabalhar para tentar melhorar o carro. Claro que fazer o primeiro tempo é sempre muito especial, mas o pensamento é de manter essa pegada e seguir melhoran­do. Se a gente parar de evoluir os outros vão continuar progre­dindo e vão nos deixar para trás. Por isso o pensamento é traba­lhar pra buscar resultados ain­da melhores”, explicou.

A disputa começa para valer hoje, às 12h, com o treino classifi­catório. Nesse sim os pilotos mais rápidos ganham o privilégio de ocupar as melhores posições no grid de largada da Corrida do Mi­lhão. A prova mais charmosa da Stock Car vai ser realizada pela ter­ceira vez no autódromo de Goiâ­nia e a largada está prevista para às 11h30 de amanhã.

ERRO DE PLANEJAMENTO

Uma falha na organização e checagem da pista foi responsável por alterar toda a programação de ontem. Era esperado que o primei­ro treino livre ocorresse de manhã e o segundo no período da tarde. Entretanto, devido a um problema de segurança, os carros não foram autorizados a dar sequer uma vol­ta no período vespertino.

O que aconteceu foi uma mon­tagem errada de alguns guard­-rails, aquelas estruturas de aço que cercam os trechos de curva para evitar que os carros saiam da pista. Antes de os pilotos irem para a pista, percebeu-se que a estrutura estava colocando em risco a integridade física dos par­ticipantes. Depois disso, foram quase quatro horas até que a si­tuação fosse corrigida e os traba­lhos pudessem ser iniciados.

“Foi uma falta de planejamen­to muito grande da CBA (Confe­deração Brasileira de Automobi­lismo) e da Vicar. Não poderia ter acontecido isso, ainda mais em uma corrida tão famosa como é a Corrida do Milhão. Tivemos um mês e meio de paralisação e os re­paros deveriam ter sido avisados pelo menos três semanas atrás. Foi uma falta de responsabilidade”, comentou o piloto Bruno Baptista.

Quem também falou sobre o assunto foi o experiente Cacá Bueno. “Acabou tumultuando um pouco o dia de trabalho, em vez de ter aquele tempo maior para ana­lisar resultados e conversar, a gen­te acabou tendo que fazer tudo de uma vez no final do dia. Gera um pouco mais de ansiedade, mas não chegou atrapalhar tudo. A Corrida do Milhão é uma prova especial e fico feliz que consegui­ram arrumar tudo. Ficou de bom tamanho”, disse o piloto da Cimed.

 47s756  Foi a volta mais rápida registrada ontem nos primeiros treinos livres, pelo piloto Lucas di Grassi