Em 19 anos, 209.195 escolas rurais foram fechadas, no Brasil
Diário da Manhã
Publicado em 23 de junho de 2018 às 01:55 | Atualizado há 5 meses
- Educadora condena extinção de escolas rurais e educação tradicional enciclopédica, distante da vida, excludente, punitiva, classificatória e hierarquizante
- Doutora diz que Banco Mundial mostra que jovens de 15 a 25 anos, de lares afetados por quedas nos rendimentos, são mais propensos a abandonar estudos
- Pesquisadora afirma que de cada 100 alunos, que ingressaram na 1ª série do ensino, 50% evadiram-se das escolas e não concluíram a sua educação básica
- Jaqueline Cunha insiste que a corrupção na merenda escolar deveria ser vista como um crime hediondo e inafiançável, com penas altíssimas de prisão
As escolas rurais, em Goiás e no Brasil, viraram peças de museus, afirma a pedagoga Jaqueline Cunha. Graduada na PUC [Goiás], com mestrado e doutorado em Portugal e autora do livro Entre o sonho e esperança: A escola ativa no Brasil. Em 19 anos, 209.195 escolas rurais foram fechadas, no Brasil, denuncia. Goiás baixou as portas de 2.214 unidades educacionais, 82% em relação a 1997, relata. Dados oficiais, aponta a pesquisadora.
O congelamento dos gastos públicos por 20 anos afetará a Educação e agravará a precarização dos serviços na área, avalia indignada. Ela observa os números apresentados pelo IBGE, em 2018: 11 milhões de analfabetos adultos. Índices de analfabetismo nunca são reais, analisa. As pessoas analfabetas sentem-se envergonhadas de confessarem sua condição, sublinha. De excluídas do mundo das letras, faz um diagnóstico mais preciso.
INTOLERÂNCIA
Jaqueline Cunha observa que o buylling seria o reflexo de desajustes familiares. Mais: do estímulo à competição. Assim como da intolerância e do preconceito, insiste. Além do desrespeito às diferenças de ideias, crenças, opções e características humanas, destaca a professora da Rede Pública de Ensino. Crítica, lamenta ainda que a escola mantém-se, hoje, com as mesmas concepções arcaicas, conteudistas, fechada dentro de muros. Do passado.
– Dividindo os conhecimentos da humanidade em disciplinas rígidas, em tempos estanques e distantes da vida. Existem experiências concretas que mostram que é possível mudar.
Qual é o Raio X das escolas rurais, no Brasil, hoje?
Jacqueline Cunha – O agronegócio e a agropecuária seriam, hoje, os responsáveis pela balança comercial positiva do Brasil. Apesar disso, a população brasileira tem abandonado o mundo rural. Na década de 40, 80% da população vivia na zona rural. No ano de 2010, último censo do IBGE, havia apenas 15%. Motivos: políticas de expulsão do pequeno agricultor do mundo rural, concentração fundiária. A educação, que não é um campo neutro, é brutalmente atingida. As invisíveis pequenas escolas rurais, que foram sempre relegadas ao abandono e à precariedade, historicamente, têm sofrido um contínuo processo de extinção. No ano de 1996 existiam 273.899 escolas rurais. Já em 2015 esse número havia reduzido para 64.704 escolas rurais. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas INEP. Registro: em 19 anos, 209.195 escolas rurais foram fechadas. O que corresponde a 76% das escolas que existiam em 1996, no Brasil. O último censo escolar demonstrou que no ano de 2017 existiam 60.694, em dois anos foram fechadas 4.010 escolas rurais. O processo de extinção continua o seu curso. O que obriga mais de 4,5 milhões de crianças e adolescentes, todos os dias, a colocarem em risco a sua integridade física e mental, durante horas, trafegando por estradas esburacadas, empoeiradas, enlameadas, abrindo e fechando porteiras. Quando fecham uma pequenina escola, condenam a extinção as pequenas comunidades rurais.
O que dizer do cenário, em Goiás?
J a c queline Cunha – Dados do Instituto Mauro Borges – IMB- , apontam que na década de 50, o Estado de Goiás possuía um total de 1.215 mil habitantes, 246 mil pessoas viviam na zona urbana e 969 mil na zona rural. Em tempo: 80% da população goiana residiam na zona rural. Em 2014 existiam cerca de 6.036 milhões de pessoas vivendo na zona urbana e 508 mil na zona rural. A população tornou-se urbana. Apenas 7,76% dos goianos vivem na zona rural. Os dados do INEP apontam que, no ano de 1997, existiam em Goiás 2.674 escolas rurais, que ofereciam as quatro primeiras séries do ensino fundamental localizadas na zona rural. No ano de 2017, esse número havia reduzido para 460 escolas rurais. Assim, nos últimos 20 anos foram fechadas 2.214 escolas. 82% das escolas rurais que existiam em 1997.
O IBGE diagnosticou 11 milhões de analfabetos no Brasil. O que produziu essa estatística?
Jacqueline Cunha – O analfabetismo é “uma chaga”. “Uma erva daninha a ser combatida”. Para combatê-la, historicamente, foram criados programas como, por exemplo, o MOBRAL. Mas como já dizia Paulo Freire na sua obra “Ação cultural pela liberdade”, o analfabetismo é visto implicitamente também, “como a manifestação da ‘incapacidade’ do povo, de sua ‘pouca inteligência’, de sua ‘proverbial preguiça’”. Os índices de analfabetismo nunca são reais, pois as pessoas ‘analfabetas’ sentem-se envergonhadas de confessarem a sua condição de excluídos do mundo das letras, como se não fossem vítimas e sim culpados de sua exclusão, fruto do que Paulo Freire chamava de autodesvalia. O analfabetismo e o analfabetismo funcional [lê mas não compreende] são o resultado das desigualdades sociais, de políticas educacionais equivocadas, como a da extinção das escolas rurais e da educação tradicional enciclopédica, distante da vida, excludente, punitiva, classificatória e hierarquizante
Quais os números da evasão escolar na zona rural e nas áreas urbanas?
Jacqueline Cunha – A evasãono âmbito educacional é o efeito mais perverso do fracasso escolar. Trata-se do abandono definitivo da escola. É a destruição de seus sonhos, de sua visão de futuro e de suas perspectivas de ascensão social. Em 2017, o INEP divulgou um estudo sobre o fluxo escolar, o qual concluiu que, entre os anos de 2014 e 2015, 12,9% dos alunos matriculados na 1ª série, do ensino médio, abandonaram definitivamente a escola. De cada 100 alunos, que ingressaram na primeira série do ensino, mais de 50% foram gradativamente evadindo da escola e não concluíram a educação básica. Os índices de evasão agravam-se nas escolas rurais. Os dados da extinção das escolas rurais apontam que os índices do INEP são apenas a ponta do iceberg.
Qual o impacto da crise econômica–PIB negativo, desemprego de 27,7 milhões, salário mínimo sem aumento real, inflação, juros altos e elevada desigualdade social–na Educação, no Brasil, hoje?
Jacqueline Cunha – Estudos realizados pelo Banco Mundial, com dados coletados de 2005 a 2015, indicam que jovens de 15 a 25 anos vivendo em lares afetados por quedas nos rendimentos são mais propensos a abandonar definitivamente os estudos. Os índices de evasão aumentam progressivamente quando os alunos atingem a maioridade. Os pontos mais críticos de evasão escolar foram identificados na passagem para a maioridade e, mais tarde, aos 24 anos. Entre os jovens de 18 e 24 anos que sofreram redução na renda familiar, o índice de evasão é de 40%.
O que a senhora pensa sobre a Reforma do Ensino Médio?
Jacqueline Cunha – Enquanto o mundo evoluiu, as informações navegam em ondas e estão disponíveis na palma da mão, a escola mantem-se comomesmoformato e concepções da era medieval. Desconectada da vida. É preciso fazer uma revolução em todas as etapas da educação. Não apenas no ensino médio. As reformas educacionais devem ser analisadas em trêscontextosbásicos: dainfluência política, da construção dos textos e da prática. A reforma do ensino médio ainda não atingiu o contexto da prática. Lembre-se que, neste ano, haverá eleições e que, infelizmente, cada novo governo desqualifica as políticas defendidas por seus antecessores. Alguns chegam a fazer a mesma política, apenas mudando os nomes, para dar a impressão que estão fazendo coisas novas e melhores do que o seu predecessor. As reformas educacionais somente surtirão efeitos se deixarem de ser políticas de governo e tornarem-se políticas de Estado.
Qual a ideia central de sua dissertação de mestrado?
Jacqueline Cunha – Analisei uma política pública educacional que foi executada por 15 anos nas escolas multisseriadas. De primeira fase do ensino fundamental. Localizadas na zona rural das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.
O que é a sua tese de Doutorado?
Jacqueline Cunha – Aprofundei as pesquisas, iniciadas na minha dissertação de mestrado, analisando essa política pública educacional, denominada Programa Escola Ativa, nos três contextos básicos, propostos pela metodologia da “Abordagem do ciclo de políticas”, desenvolvido pelo inglês Stephen Ball e colaboradores. No contexto da influência, analisei os discursos internacionais, nacionais e locais que influenciaram os processos de implantação, execução e extinção dessa política pública educacional. Inicialmente analisei os discursos das entidades internacionais, com o intuito de identificar as teorias e compreender as forças, os jogos de interesses, as motivações e as justificativas que levaram o Banco Mundial e as agências vinculadas a Unesco, como o Pnud e o Unicef, a influenciarem, financiarem, viabilizarem e apoiarem o processo de tradução, implantação e execução do Modelo Escuela Nueva em diversos países, entre eles, o Programa Escola Ativa no Brasil. No contexto nacional, entrevistei o Diretor Geral do Fundescola, entre os anos de 1997 e 2002, e a diretora da Fundação Escola Nova, procurando identificar os valores, as forças, os acontecimentos e as decisões que influenciaram da tradução, implantação e implementação do Programa Escola Ativa no Brasil. Entrevistei também no contexto nacional, o Diretor de Políticas de Educação do Campo, Indígena e para as Relações Étnico-Raciais, do Ministério da Educação, com o intuito de analisar os acontecimentos e os interesses pessoais, ideológicos e de grupos políticos que envolveram e culminaram no processo de extinção do Programa Escola Ativa. No contexto local, procurei identificar as influências que os discursos dos representantes das instituições internacionais e dos dirigentes nacionais exerceram sobre os discursos e as decisões dos dirigentes das administrações locais. Assim, optei por analisar os discursos dos dirigentes de quatro municípios, onde realizei o trabalho de investigação, para a elaboração da dissertação de mestrado, no ano de 2011: Alexânia, Abadiânia, Pirenópolis e Teresópolis. No contexto da produção dos textos do Programa Escola Ativa, analisei as leis que influenciaram ou normatizaram a educação rural brasileira como: a Constituição de 1824; a Lei Geral de Ensino de 1827; a Lei n.º 5.692, de 11 de agosto de 1971 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB); e a Lei n.º 9.424/96, de 24 de dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes de Bases Nacional (LDB), Lei n.º 9.394/96; a Resolução n.º 1, de 2002 e a Resolução n.º 2, de 2008 do Conselho Nacional de Educação. No contexto da produção de textos do processo de extinção do Programa Escola Ativa realizei a análise dos seguintes documentos: Nota Técnica n.º 002 da CGEC/Secadi/MEC, de 31 de janeiro de 2012; Nota Técnica n.º 093 da CGEC/Secadi/MEC, de 25 de outubro de 2012; e o Relatório de encerramento das atividades desenvolvidas pelo Programa Escola Ativa, da Secretaria de Estado da Educação de Goiás. No contexto da prática entrevistei, no ano de 2014, a Secretária de Estado da Educação de Goiás, as coordenadoras das escolas rurais e seis professoras das escolas rurais multisseriadas, dos quatro municípios selecionados para amostragem da pesquisa.
Qual é o eixo da narrativa de seu livro?
Jacqueline Cunha – ‘Entre o sonho e esperança: A escola ativa no Brasil’ é fruto da minha tese de doutorado. Com o enfoque menos acadêmico. Mais pedagógico. As implicações econômicas e sociais sobre a escola no contexto rural. O processo da extinção das escolas rurais. Os problemas do transporte escolar. O calvário que as crianças tem que enfrentar todos os dias para chegar na escola. O papel das pequeninas escolas rurais multisseriadas para o sentido de terrafilia e o desenvolvimento local. Abordo as concepções filosóficas, sociológicas, histórica e pedagógica da escola ativa e pai-do-cêntrica [centrada no aluno].
Qual a sua receita para uma revolução na Educação Pública, nas zonas rural e urbana, no Brasil?
Jacqueline Cunha – A revolução na educação pública, tanto na escola da zona rural quanto urbanas, é primeiramente social. Embora o mundo tenha mudado, a escola mantém-se com as mesmas concepções arcaicas, conteudistas, fechada dentro de muros, dividindo os conhecimentos da humanidade em disciplinas rígidas, em tempos estanques e distante da vida. Existem experiências concretas de que é possível mudar. Mas temos outros exemplos como: nas escolas do Modelo Escola Nova na Colômbia, no Movimento da Escola Moderna em Portugal e nas escolas dos jesuítas da Espanha. A Finlândia é apontada pela OCDE a entidade que aplica o Pisa como “um dos líderes mundiais em performance acadêmica”, fez uma revolução, colocando em prática as concepçõesquejáeramdefendidas no início do século passado pelos escolanovistas: usar mais projetos nas aulas; enfase na autonomia dos alunos na produção dos alunos, induzindo que eles faça pesquisas e explorem os assuntos antes da aula; a avaliação deixa de ser somativa e passa a ser formativa; as salas de aula deixaram de ter o formato tradicional e frontal, para ensinar a muitos como se fossem apenas um; fortalecer o vínculo da escola com a vida real e o mercado de trabalho; foco para o desenvolvimento dos pilares da educação para o século XI, definidos pela UNESCO: apender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser; formação prática e valorização dos professores.
O congelamento dos gastos públicos por 20 anos afeta a Educação?
Jacqueline Cunha – Sem dúvida alguma! Isso significa o agravamento da precarização de todos os serviços públicos. Essa decisão tem um efeito cascata em todas as esferas governamentais. A educação que sempre foi penalizada sofreria brutalmente se tal decisão governamental prevalecesse, significa que uma geração inteira sofrendo os efeitos perversos decorrentes de uma decisão tão estapafúrdia. Daqui a 20 anos, boa parte dos que votaram nem estarão mais vivos, para assistir o resultado lamentável de seus atos. Nesse período, passarão cinco governos que ficarão completamente engessados, caso mantenham as determinações da PEC 241/16. Felizmente, teremos eleições nesse ano e, tenho esperança, que esse despautério será revisto pelos novos governantes.
O que dizer de escândalos na Educação, como o da Máfia da Merenda, em São Paulo?
Jacqueline Cunha – De acordo com o Global Fraud Survey, estudo publicado a cada dois anos pela empresa de auditoria Ernst & Young (EY), o país já ocupava o primeiro posto na edição anterior, de 2016. Em 2014, estava no oitavo lugar. A corrupção é, realmente, uma chaga a ser combatida. Um assassino mata uma pessoa, um assassino em série mata algumas pessoas, mas os efeitos da corrupção podem matar milhões de pessoas. Como uma pessoa pode ser capaz de roubar a comida de crianças pobres? A corrupção na merenda escolar deveria ser vista como um crime hediondo e inafiançável, com penas altíssimas. Acompanho muitas escolas de periferia e sei que a única alimentação de muitos alunos é a merenda escolar. Corta-me o coração ao ver que algumas crianças chegam à escola verdadeiramente famintas.
Buylling na escola: como combatê-lo?
Jacqueline Cunha – O Buylling é o reflexo de diversos fatores sociais como os desajustes familiares, a competição, a intolerância, o preconceito e o desrespeito às diferenças de ideias, crenças, opções e características humanas. Existem diversas técnicas para combatê-lo. Todas elas envolvem muito diálogo, como a assembleia estudantil, na qual os alunos expõem os problemas e buscam sanar os seus conflitos. As escolas do Movimento da Escola Moderna de Portugal fazem assembleia toda semana, para discutirem os problemas, os avanços e evitar com que os conflitos, naturais das relações humanas, tomem proporções maiores e transformem-se em Buylling.
Violência nas escolas, como nos EUA: existem alternativas e saídas?
Jacqueline Cunha – A violência nas escolas, como nos EUA, tem um forte fator psicológico, pois normalmente são psicopatas em tratamento ou não identificados. Mas infelizmente, vivemos numa sociedade doente, assistimos todos os dias nos noticiários, nos filmes, nas novelas, nos jornais, nas ruas e nos lares, a disseminação da violência e a banalização da vida.
O que há de atual em Paulo Freire?
Jacqueline Cunha – Paulo Freire fez uma releitura nas concepções de educação defendidas pelo Movimento Escola Nova e pelos Pioneiros da Educação Brasileira como Anísio Teixeira, na luta contra a escola tradicional bancária, a qual acredita que quanto mais se deposita conteúdo, mais se tem. No final de cada período rígido o aluno é avaliado, não para identificar as deficiências na aprendizagem e retomar os conteúdos não compreendidos, mas apenas para averiguar o saldo do acumulado, punir, classificar e excluir. Paulo Freire defendeu que a escola deveria ser dialógica e vincular-se à vida, induzindo os alunos a serem autônomos, responsáveis, reflexivos, solidários e éticos. Ele é o autor mais lido no mundo na área da educação. Na Europa, dificilmente, há uma dissertação de mestrado ou tese de doutorado, nas áreas sociais e humanas, que não cite o nosso Patrono da Educação Brasileira. No entanto, infelizmente, as suas ideias de Paulo Freire não conseguiram entrar nas escolas, mudar as práticas dos professores, influenciar os decisores das políticas públicas educacionais e fazer a revolução necessária na educação do Brasil.
Crianças chegam às escolas públicas famintas. A sua única alimentação é a merenda escolar. Corta-me o coração
Jaqueline Cunha
O congelamento dos gastos públicos por 20 anos afetará a Educação e agravará a precarização dos serviços na área
Jaqueline Cunha
PERFIL
Nome completo: Jacqueline Cunha
Formação: Doutorado em Educação e Mestrado em Ciências, pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Especialista em Métodos e Técnicas de Ensino; Planejamento Educacional e Educação, Desenvolvimento e Políticas Educativas. Graduada em Pedagogia pela PUC–Goiás.
Idade: 53
Cargos que ocupa: Professora da rede estadual de Goiás e da rede municipal de Goiânia. Investigadora do Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento – CeiEd – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia – Portugal.
Pais: Wilna de Jesus Coelho Cunha e Euclides Leão Cunha
Irmãos: Marília Coelho Cunha, Leandro Bezerra Cunha, Leonardo Bezerra Cunha e o do coração Elvis Nogueira de Sá.
Livros lançados: Entre o sonho e a esperança: A escola ativa no Brasil.
Intelectuais que fazem a sua cabeça: Abílio Amiguinho, Adolf Ferrière, António Teodoro, António Nóvoa Boaventura Santos, Mia Couto, Moacir Gadotti, Pierre Bourdieu, Jean Piaget, John Dewey, José Eustáquio Romão, Michel Foucault, Paulo Freire, Rubem Alves, Rui Canário, Stephen Ball, Vygotsky.