Opinião

O furacão Bolsonaro

Redação DM

Publicado em 20 de outubro de 2018 às 00:52 | Atualizado há 7 anos

O PT, que go­ver­nou o pa­ís por mais de tre­ze anos, pin­tou e bor­dou co­mo se fos­se se eter­ni­zar no po­der, dei­xan­do o Bra­sil que­bra­do com mais de 13 mi­lhões de tra­ba­lha­do­res de­sem­pre­ga­dos e en­di­vi­da­dos, vê apro­xi­mar-se ofi­ci­al­men­te o fim de seu ma­lo­gra­do rei­na­do.

E a tem­pe­ra­tu­ra des­fa­vo­rá­vel pô­de ser tes­ta­da com a su­pre­ma­cia ex­pres­si­va da vo­ta­ção ob­ti­da por Ja­ir Bol­so­na­ro.

Por ou­tro la­do, Dil­ma Rous­seff, que se con­si­de­ra­va in­jus­ti­ça­da pe­la cas­sa­ção de man­da­to, ago­ra não po­de mais re­cla­mar, pois as ur­nas mi­nei­ras con­fir­ma­ram a sua cas­sa­ção ao não ele­gê-la ao Se­na­do, amar­gan­do as­sim a ex-pre­si­den­te a ve­xa­mi­no­sa quar­ta co­lo­ca­ção.

O PT, ou­tro­ra um par­ti­do vo­lun­ta­rio­so, bir­ren­to, do­no da ver­da­de e das so­lu­ções má­gi­cas, por que au­sen­tou Lula e Dilma de sua pro­pa­gan­da po­lí­ti­ca? Não adi­an­ta ago­ra tro­car a ca­mi­sa ver­me­lha co­mu­nis­ta pe­la ver­de e ama­re­la, ten­tan­do en­ga­nar a ga­le­ra, pois o fu­ra­cão Bol­so­na­ro res­sur­giu for­te da mor­te en­co­men­da­da.

Co­mo diz a sa­be­do­ria po­pu­lar, em ti­me que es­tá ga­nhan­do não se me­xe. Por is­so, pa­ra con­ti­nu­ar o mas­sa­cre elei­to­ral, Bol­so­na­ro não pre­ci­sa se apre­sen­tar de cor­po pre­sen­te pa­ra de­ba­ter com Had­dad, o qual, sem pro­pos­ta pró­pria, ape­nas re­pro­duz o pen­sa­men­to de Lu­la.

São 18 mi­lhões de vo­tos ini­ci­ais que se­pa­ram Bol­so­na­ro de Had­dad. E não tem vol­ta, pois as pes­qui­sas con­ti­nuam a re­gis­trar o seu cres­ci­men­to elei­to­ral.

Had­dad re­pre­sen­ta a ve­lha po­lí­ti­ca do as­sis­ten­ci­a­lis­mo, da dis­tri­bui­ção dos car­gos pú­bli­cos, da con­ta­mi­na­ção das ins­ti­tu­i­ções pú­bli­cas co­mo foi a Pe­tro­bras, do re­tor­no à Era Var­gas ao pre­ten­der re­vo­gar a re­for­ma tra­ba­lhis­ta po­si­ti­va em cur­so, bem co­mo o te­to de gas­tos pú­bli­cos, cu­ja lei vi­gen­te pôs freio no cres­ci­men­to de­sor­de­na­do das des­pe­sas fe­de­ra­is e re­pre­sen­ta o úni­co ins­tru­men­to de con­tro­le fis­cal no mé­dio pra­zo.

As­sim, em 28/10/2018, vo­tem com con­sci­ên­cia na­que­le que não é cor­rup­to e não tem ne­nhu­ma re­la­ção com cor­rup­to pre­so.

Tchau, PT!

 

(Jú­lio Cé­sar Car­do­so, ba­cha­rel em Di­rei­to e ser­vi­dor fe­de­ral apo­sen­ta­do. Bal­ne­á­rio Cam­bo­riú-SC)


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