Cômico se não fosse trágico
Diário da Manhã
Publicado em 1 de setembro de 2018 às 23:52 | Atualizado há 4 meses
Além do assustador volume de corrupção que atinge as elites econômica e política, da desconfiança de que a lei é mais eficaz e rápida para uns do que para outros – um presidiário reverbera campanha política de dentro da cadeia -, do número recorde de homicídios – o País é mais letal do que outros em guerra -, noticiam-se, a todo momento, pequenos crimes que chegam às raias do pastelão. São delitos que afetam o dia a dia da população, como, por exemplo, o furto de cabos elétricos, de bueiros, de grades de jardim, até de imagens de templos religiosos e – incrível – o de um assaltante chegando de carro (roubado) à porta de estabelecimento comercial, desembarcando, realizando sua pilhagem e, ao terminar, não encontrando o veículo, levado por outro marginal, indignou-se, já detido na delegacia, pelo fato de que a “bandidagem” não lhe permitia trabalhar. Seria cômico se não fosse trágico.
(Paulo R. Gotaç, via e-mail)
Temer joga toalha
O forte corporativismo nas nossas instituições, infelizmente, sempre prevalece e humilha trabalhadores do setor privado que ganham em média quase cinco vezes menos que do funcionalismo público. E o presidente Michel Temer, jogando a toalha em fim de mandato, demonstrando que não quer briga com o funcionalismo publico, principalmente federal, deve enviar um projeto de Lei Orçamentária para o Congresso, em que confirma o reajuste do funcionalismo em 2019 (que deveria ser adiado para 2020)! E atende também os ministros do Supremo, que legislando em causa própria auto concederam aumento de 16,38%. Neste caso o auxílio-moradia de R$ 4,7 mil, será incorporado ao salário dos que hoje recebem esse indigerível beneficio. Desta forma, governo projeta que o próximo presidente vai ter de assumir, mesmo com as combalidas contas públicas, mais uma milionária despesa de R$ 6,9 bilhões. Um desastre promovido pelo STF, e funcionalismo federal, que, de forma irresponsável se lixam para o déficit fiscal que neste ano será de R$ 159 bilhões! E, o descalabro nas contas públicas pode piorar se esse maléfico corporativismo existente persistir nas nossas instituições…
(Paulo Panossian, via e-mail)
Felicitações
Na edição de 9/08/18, li o artigo de João Nascimento sobre a figura de Carlos Hassel Mendes da Silva. Parabenizo o eminente jornalista por mostrar aos leitores desse jornal a vida de um homem exemplar, tanto para a geração de sua época, como para as gerações futuras. Conheci Carlos Hassel quando fui presidente da Saneago e ele deputado estadual e em seguida federal. Eu ficava alegre quando meus assessores anunciavam a presença do nobre deputado na empresa de Saneamento, por saber que as reivindicações seriam de alto valor para as comunidades que ele representava. A educação de Hessel e sua sabedoria cativava e certamente ainda cativa qualquer pessoa. Não parabenizo o jocado, e sim o jornalista por nos dar a oportunidade de revê-lo e a muitos a de conhecerem, “um nome a respeitar”.
(Vanderley de Oliveira Melo, via e-mail)
Todos iguais perante a lei – obrigatório
O tratamento dispensado pelos “governos” aos trabalhadores públicos e privados é um assombro. Enquanto mais de 12 milhões de uma classe perderam o emprego, nenhum da outra o perdeu, apesar dos déficits nas contas públicas. O governo que não governa sua área, se intromete na outra para estabelecer o salário mínimo mas não o faz na sua área. Os funcionários públicos aproveitaram o descaramento do Judiciário, que se estabelececeu aumento de mais de 13% e também querem aumento. Sugiro a seguinte solução: os cidadãos terem direito a conseguir um emprego público nas seguintes normas: 1) diploma educacional requerido para a função; 2) salário desejado, sabendo que as menores pretensões serão escolhidas; 3) trocar (demitir) os funcionários públicos e dar seu emprego aos vencedores dos concursos; 4) reduzir 40% dos funcionários públicos atuais e, se a nova norma comprovar eficiência, ir demitindo até equilibrar o número de funcionários públicos às necessidades. Isso deve valer para executivo, legislativo e judiciário, que teriam de trabalhar 8 horas, 5 dias por semana, férias só de 30 dias, sem recessos e ajudas disso e daquilo. A Constituição diz que todos são iguais perante a lei. Vamos obedece-la para reduzir a carga tributária, aumentar a eficiência e melhorar as condições de vida? PS) Os membros dos judiciários passarem a ser escolhidos por concurso, não por políticos.
(Mário A. Dente, via e-mail)