Políticas públicas modernas para rede estadual de ensino
Diário da Manhã
Publicado em 25 de setembro de 2018 às 23:21 | Atualizado há 7 anos
A Pedagogia do Oprimido, com a impressão digital do educador Paulo Freire, completou 50 anos. De História. O Brasil continua com as suas chagas. Como um número elevado de analfabetos. O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – aponta a existência de 13 milhões. O índice é maior. Já que subnotificado. A evasão escolar, estratosférica. Crianças fora da escola somam milhões. A repetência escolar é trágica. A falta de merenda escolar impede o desenvolvimento cognitivo e a aprendizagem escolar integral. Uma nova Educação. É o que exige o País. Goiás faz, sim, parte do mapa. Não é possível fechar os olhos. É o futuro da nação que entra para a lata de lixo da História. Com a ausência de políticas públicas de excelência. Ensino que faça sentido para a vida. Fundado na realidade histórica, cultural e social. Dos estudantes, da comunidade escolar. Os dados do Ideb, positivos, não podem servir para euforia contagiante. A nota é baixíssima. Triste. A mudança passa pela valorização dos professores.
O Piso Salarial Nacional, conquista dos movimentos sociais, é reduzido. Incentivos financeiros deveriam estimular a qualificação docente. Com especializações múltiplas, mestrado, doutorado, estágios pós-doutorais, línguas. A volta, na rede estadual de ensino, em Goiás, da titularidade é estratégica. Fundamental. Dezoito mil trabalhadores da Educação Pública seriam comtemplados. Basta aplicar o percentual da receita determinado pela Constituição Federal. As salas de aulas voltariam a sorrir. Ex-secretários de Educação do Estado, Thiago Peixoto [PSD] e Raquel Teixeira [PSDB] se equivocaram ao não restituí-la aos bolsos de quem trabalha. Nada que não possa ser reparado e virar política pública. Em 2019. É o que sonho. Com um novo amanhã. Para alcançar uma Educação de Qualidade. Com a erradicação 100%, total, do analfabetismo. Mais: o fim da evasão escolar. Não custa afirmar: em tempo em que a repetência vire peça de museu. Apenas registros históricos. De uma época que não pode voltar. Nunca mais.
(Jacqueline Cunha, graduada em Pedagogia)