Porangatu sai fortalecida com manutenção de cursos da UEG
Redação DM
Publicado em 1 de fevereiro de 2020 às 20:27 | Atualizado há 5 anos
A Universidade Estadual de Goiás (UEG) afirma que a Unidade Universitária de Porangatu não terá nenhuma perda na qualidade de ensino e receberá investimentos financeiros para aprimorar a qualidade de ensino.
Conforme reportagem do “Diário do Norte”, na sexta-feira, 31, a UEG esclareceu que Porangatu ganha com o novo estatuto, ao contrário do que é dito por políticos da região – caso do deputado federal José Nelto e presidente do Ceasa, Vanuza Valadares.
A reforma denominada Nova UEG, estabelecida pelo Decreto n. 9593/20, acaba com o uso político da instituição e propõe uma universidade técnica e científica.
Conforme o “Diário do Norte”, a mudança ocorre após ser constatado que a “universidade goiana tinha 41 campus inoperantes – equivalente a cinco Universidade de São Paulo (USP) – e grandes deficiências estruturais”. Para a reitoria, a Nova UEG fortalece a Unidade Universitária de Porangatu ao preservar os “cursos e estabelecer princípios de moralidade e rigor acadêmico”.
Uma das metas estabelecidas para a unidade de Porangatu é sua melhora nos parâmetros de avaliação dos cursos, fato que deve valorizar os seus eatudantes.
A UEG desmente as informações que circulam sobre a unidade.
Por meio de resposta a memorando, a UEG informa que as estruturas da unidade em Porangatu seguem as mesmas dos anos anteriores, inclusive com manutenção da grade de cursos oferecidos à comunidade.
A reitoria esclarece que a noção de campus é de polo universitário, cuja definição exige dimensões consideráveis em relação a outros centros ou unidades próximas. Uma das normas para instituição é de que exista diversidade de cursos dentro da universidade propriamente dita.
No comunicado da UEG, a reitoria diz que o Campus Norte está sediado em Uruaçu por critérios absolutamente técnicos – que envolve desde número de alunos assistidos, diversidade de cursos até estrutura para instalação de mestrados. “Como se sabe, a UEG Câmpus Norte, além de Uruaçu e Porangatu, reuniu as Unidades Universitárias de Crixás, Minaçu, Niquelândia e São Miguel do Araguaia. Os critérios utilizados para a seleção da cidade que comportaria a sede da região foram técnicos, conforme se verifica da exposição abaixo. Optou-se, na presente resposta, por comparar as duas, câmpus (Uruaçu) e unidade universitária (Porangatu), por ser esse o objeto do questionamento”.
A UEG esclarece que Porangatu tem maior concentração de atuação acadêmica, sendo que Uruaçu apresenta um conjunto mais abrangente de áreas contempladas – o que é levado em conta na classificação de um campus.
A UEG em Uruaçu, por exemplo, conta ainda com dois cursos de grande importância para as atividades de extensão, também essenciais para caracterização do campus: “Há de se destacar que os cursos de Ciências Contábeis e de Direito, tradicionalmente, apresentam grande demanda nos vestibulares da UEG. Tais cursos também potencializam a intervenção da Universidade na sociedade, por meio da prestação de serviços, que constitui forma de extensão universitária. Exemplo disso, é a atuação do Curso de Direito junto ao Memorial Serra da Mesa, em Uruaçu”. Um dos pontos determinantes para a instalação do campus é a recente aprovação para que Uruaçu crie o mestrado profissional em rede em História – pós-graduação strictu senso que segue rigorosas normas de estabelecimento exigidas pelo Ministério da Educação (MEC). ”A aprovação para criação de Mestrado exige atendimento de vários critérios, notadamente relacionados à atuação do corpo docente, o que foi alcançado pelo Câmpus de Uruaçu”, diz a resposta assinada pelo reitor Rafael Santana Borges.
Outro critério observado na instituição de campus tem sido a taxa de ocupação de cursos. O indicador mede a capacidade instalada das graduações e, no geral, da unidade. Na comparação entre Uruaçu e Porangatu, a primeira teve sempre maior ocupação das graduações. Em 2016, foram 80% de ocupação em Porangatu frente Uruaçu, com 84%. No ano seguinte, Uruaçu novamente teve maior ocupação, 88% contra 76% de Porangatu. Em 2018, Uruaçu teve 94% de ocupação contra 78%.
“Para complementar a informação, em 2019, a Unidade Universitária de Porangatu contou com 845 alunos e média aluno por curso de 120,71. Em contrapartida, o Câmpus de Uruaçu possuía 593 alunos matriculados e média aluno por curso de 148,25. Vê-se que, mesmo com menos cursos ofertados no Câmpus de Uruaçu, proporcionalmente, a média de alunos por curso, ainda, foi maior – revelando que a demanda existente naquele câmpus é maior do que na unidade universitária”, diz o documento.
Outra ponderação da UEG diz respeito ao nível acadêmico dos alunos, por meio do ponto de corte e nota no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). O campus de Uruaçu se sobressai nos dois critérios.
“Observa-se pelos dados que a Unidade Universitária de Porangatu, de fato, possui mais cursos de graduação, porém não dispõe de corpo efetivo suficiente ou demanda de alunos para tais cursos. Tal abertura desenfreada de cursos, aliado ao terrorismo político e intervenção política na Universidade para abertura de cursos e manutenção dos mesmos marcam a antiga UEG, não mais se coadunando com o espírito Universitário unificado que é a tônica vigente após a Reforma Administrativa da Universidade”, diz o reitor.