Reformas necessárias
Redação
Publicado em 15 de outubro de 2016 às 02:36 | Atualizado há 9 anosO governador Marconi Perillo ministrou palestra ontem (14/10) em Buenos Aires, capital da Argentina. O seminário, que faz parte do 21º Meeting Internacional do Grupo Lide, debateu a relação econômica do país vizinho com o Brasil.
O tema central das discussões foi lançado por Marconi, em Buenos Aires. De acordo com o governador, um dos primeiros a falar, os presidentes Michel Temer e Mauricio Macri representam a esperança de Brasil e Argentina renovarem suas gestões e realizarem as reformas estruturantes que ambos os países necessitam. Os demais debatedores seguiram a tese de Marconi.
De acordo com o governador, o Brasil não quer mais viver com a economia negativa, no vermelho. Para tanto, lembrou da necessidade das reformas. “Vivemos hoje uma onda de prosperidade, que nos levará a um porto seguro daqui para frente. O presidente Michel Temer tem a tarefa de fazer a travessia para esse porto seguro. Todos nós estamos com ele e, certamente, com o presidente Mauricio Macri. Ambos são a esperança de colocar nossos países nos trilhos, renovar as gestões e realizar as reformas necessárias”, disse.
Ele apontou a necessidade de o Brasil colocar em prática medidas que classificou de “corajosas”. “Apoio integralmente os esforços que estão sendo feitos pelo presidente Temer, com apoio do Senado e da Câmara dos Deputados. Muitas medidas estão sendo tomadas e muitas outras serão tomadas sob pena de o Brasil se sucumbir de vez. Precisamos tomar medidas corajosas agora. Medidas muito mais duras inclusive do que a PEC que corta os gastos; e vejo isso acontecer com meus colegas governadores e comigo. As dificuldades são enormes. Então, mais do que nunca, esse serviço será fundamental para o futuro do Brasil”, disse.
Marconi disse estar solidário ao presidente Macri, que se viu obrigado a tomar uma série de medidas consideradas impopulares para tirar a Argentina de uma situação quase caótica, a exemplo do presidente Temer, no Brasil. “O presidente Temer também está assumindo uma série de medidas corajosas, embora com menos desgastes do que o presidente Macri, até porque a ex-presidente Dilma foi obrigada a tomar medidas, depois que se reelegeu, sob pena de não ter condições de governar na época. O presidente Macri tomou medidas aqui extremamente duras e corajosas. Isso é claro que custa a popularidade, custa uma série de sacrifícios”, observou.
Populismo atrapalhou
Marconi Perillo afirmou que a prática do populismo subjugou o crescimento do Brasil e também da Argentina, mas que o momento atual aponta para uma gestão renovadora, capaz de retomar a prosperidade, o crescimento, o desenvolvimento, a paz social, a competitividade e a inovação nos dois países. Disse estar otimista, com relação às medidas tomadas, não apenas por Temer, como também pelo presidente argentino. “Percebo que um sopro de esperança e sensatez começou a chegar a essa parte mais ao Sul da América do Sul, ao Brasil e à Argentina. Nós estávamos dominados durante muito tempo pelo populismo, pela demagogia de países importantíssimos, como aqui, o Brasil, a Venezuela, a Bolívia e o Equador”, comparou.
“Assistindo ao crescimento muito acima da média da América Latina de países como Colômbia e Peru. Esses países, que não adotaram essas medidas, conseguiram um crescimento muito forte nas suas economias, com boas governanças. Isso que esses países estão fazendo já deveríamos ter feito aqui na Argentina e no Brasil há mais tempo”, sublinhou.