Morte de secretário mobiliza população de Itauçu, em Goiás
Júlio Nasser
Publicado em 29 de setembro de 2016 às 19:16 | Atualizado há 9 anosA morte do secretário de Assistência Social de Itauçu, Heliúgo Cardoso de Souza de 45 anos, assassinado a tiros por um dependente químico, quase em frente à casa onde ele morava, no último sábado, 24, mobilizou a população a clamar por justiça.
De acordo com a Polícia Civil as investigações apuraram que a vítima foi morta por um vizinho, usuário de drogas, que teve uma internação compulsória provinda do servidor, após um pedido da própria esposa dele que alegou ter duas filhas menores com o acusado, além de sofrer várias ameaças.
No dia do crime, Heliúgo havia acabado de chegar de um Comício no Distrito de Ordália, onde ele e sua esposa Márcia Vanessa de 37 anos participavam, uma vez que ela é candidata à vereadora.
Por volta da uma hora da manhã, eles estavam conversando na porta de casa com um casal de vizinhos, quando foram surpreendidos pelo suspeito que chegou efetuando vários disparos contra o secretário, que morreu ainda no local. Na ocasião, Márcia havia entrado em casa para tomar água quando ouviu os disparos. Ao correr para ver o que estava acontecendo, viu o suspeito dando mais dois tiros no marido dela.
A polícia informou que durante as investigações foi descoberta uma lista feita pelo próprio suspeito, que ainda não foi localizado, com pelo menos dez nomes de pessoas que ele prometeu matar, entre eles, o nome de Heliúgo.
Lamento
Helíugo, conhecido como Hugo, deixa a esposa e três filhas de 23, 16 e 11 anos e a saudade de um homem reconhecido na cidade por sua benevolência e atitudes humanitárias.
A população de Itauçu segue chocada, e mesmo após a divulgação da possível motivação do crime, não se conforma. “Hugo” era muito querido por todos e sua morte trouxe uma nuvem de lamento para o município que pede por Justiça.
O suspeito ainda não foi localizado e a lista descoberta pela polícia trouxe insegurança aos moradores.
Depoimento
Márcia Vanessa está desolada e deu depoimentos com muita tristeza. Para ajudar nas investigações ela conta que a mulher do suspeito pediu ajuda há cerca de um ano para que o marido fosse internado por ser usuário de drogas. De acordo com ela, o homem ficou um tempo internado, mas ao sair, ficou com raiva de Heliúgo após saber que ele que havia feito o pedido da internação compulsória.
Alguns meses depois, uma cunhada do homem pediu que o secretário “tomasse cuidado”, uma vez que o vizinho andava armado e havia prometido matar ele.
Além disso, Márcia informou que no momento do crime estava dentro de casa quando ouviu os disparos, mas conta que ao sair, viu o marido sendo alvejado por mais dois tiros. Ela diz que Heliúgo chegou a reconhecer o suspeito ao qual havia tentado ajudar antes de morrer.
A viúva diz que permanecerá em campanha para seguir um sonho que começou com o marido. Segundo ela, Heliúgo seria o candidato, mas por questões financeiras ele não pode se candidatar, mas era um sonho dele e por isso continuará como candidata.