Acessórios masculinos com design
Redação DM
Publicado em 13 de setembro de 2016 às 02:06 | Atualizado há 6 mesesPedro Potaris é um apaixonado por linhas, formas e detalhes. Arquiteto por formação, já assinou alguns projetos de arquitetura de muito bom gosto, mas percebeu que seu dom criativo era mesmo desenvolver elementos com design. Começou criando joias em pequena escala, algumas delas feitas sob medida para uma seleta clientela. Com o passar do tempo sentiu a necessidade de se especializar na área ingressando no curso de Designer de Joias e Acessórios do Instituto Europeo di Design – IED, a renomada escola italiana de artes. Suas criações, que mais pareciam obras de arte, o levaram a expor, com imenso sucesso, peças da alta joalheria em um dos museus mais celebrados do planeta: o Louvre, em Paris. Também já exibiu suas obras esculturais em cidades como Punta Del Este, Nova Iorque e Madri. Nesta entrevista, este paulistano cheio de talento conta um pouco da sua trajetória e revela a sua grande paixão atual: criar acessórios para o universo masculino.
Diário da Manhã – Qual a sua formação?
Pedro Potaris – Sou formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Mackenzie e Designer de Joias e Acessórios pelo IED – Istituto Europeo Di Design.
DM- Quando surgiu o interesse pelo design de acessórios?
PP – Desde a minha infância sempre tive muito apreço pela joalheria e gostava muito de criar e desenhar. Após um período trabalhando como arquiteto, surgiu o interesse em reativar minhas ideias e desenhos de joias e assim fui criando a minha primeira coleção.
DM – Você já teve uma marca de joias femininas. Conta um pouco desse projeto? Quanto tempo durou?
PP – Foi logo que larguei a arquitetura e resolvi me assumir como designer de joias. Criei e desenhei todas as peças, busquei um ourives que as confeccionasse, aluguei um espaço e criei minha marca de joias femininas, de ouro e prata, que na época se chamava Kalá. Durou por volta de três anos. Nesse ínterim, sentia muita falta de ensino profissionalizante nessa área. Foi então que busquei o Curso de Joias e Acessórios do IED e depois de três anos me profissionalizei na área. Após o curso criei uma nova marca de joias, porém utilizando meu próprio nome – PEDRO POTARIS. Marca esta que perdura até hoje.
DM – Agora você está envolvido em um novo projeto e, desta vez, voltado para o universo masculino. Qual o motivo da mudança?
PP – No curso de Joalheria eu era o único homem da minha classe e sempre tive muito incentivo de todos os professores para criar coleções masculinas. Porém, por muito tempo fui um pouco relutante a essa ideia. Anos mais tarde notei que o mercado havia mudado, o interesse dos homens também, e passei a receber muitas encomendas de joias masculinas. Isso acabou me obrigando a aprofundar em pesquisas de materiais e estilos para poder atendê-los e me apaixonei pelo mundo dos acessórios masculinos.
DM – Ainda neste segmento masculino você também resolveu trocar o material usado na confecção de suas peças. Antes você trabalhava com joias, e agora bijuteria. Explique sobre essa transição.
PP – Exatamente quando recebia encomendas de joias masculinas eram sempre em ouro ou prata. Porém, na maioria das vezes, o homem busca um acessório mais casual, sem dispensar o design obviamente, mas que não concorresse em atenção e em valor com o relógio que ele ostenta. Assim passei a fazer bijuterias masculinas utilizando os mesmos processos de fabricação e de design que utilizava para confeccionar uma joia única. Porém, agora, em escala comercial. E, além disso, a bijuteria me dá a liberdade de ousar no design sem precisar me preocupar com valores dos metais nobres. Como meus acessórios levam banhos especiais, como o prata velho, o ouro velho, o fumê, o preto e o preto fosco, não há necessidade de se utilizar um metal nobre, afinal o banho cobrirá a cor original do metal, porém trará uma exclusividade que só minha marca possui.
DM – A formação em Arquitetura influencia no seu processo criativo?
PP – Claro, do começo ao fim! A minha base em Arquitetura faz com que meu design seja sempre geométrico, até mesmo quando me inspiro em algo orgânico. Isso é algo automático no meu processo criativo e já se tornou uma marca registrada do meu trabalho.
DM – Como funciona o processo de produção e venda da coleção?
PP – Tenho total controle sobre todos os processos, desde a criação, execução, acabamento e vendas. Alguns processos cabem a mim mesmo, enquanto outros terceirizo para otimizar o tempo. As vendas, por enquanto, são com hora marcada, mas em breve estarão presentes em alguns pontos. Antes que me perguntem sobre vendas on-line…. Não, não acho nem um pouco viável, muito menos agradável vender, algo que a pessoa necessite experimentar e se identificar, através da frieza de um site. Deixo isso para outras coisas mais supérfluas e que consigam ser encontradas e experimentadas em quaisquer lugares. Quero que meu cliente vivencie uma experiência de luxo, desde o atendimento, passando pela atenção despendida com a explicação sobre o produto até o pós-venda. Luxo não está simplesmente no valor gasto, mas em todos os processos, desde a criação até a fidelização do cliente.
DM – Pedro Potaris X Pedro Potaris
Um profissional sério, criativo, correto e exigente, que busca agradar e fidelizar os seus clientes, tornando muitas vezes esse contato meramente profissional numa bela amizade. Mais informações: pedropotaris.com