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Clube da Asbeg em Ap. de Goiânia

Redação DM

Publicado em 20 de agosto de 2016 às 02:38 | Atualizado há 9 anos

Um dos principais e tradicionais clubes de lazer de Aparecida de Goiânia, a Asbeg, precisa urgentemente de uma ampla reforma para não se acabar de vez. É triste ver a situação de penúria em que se encontra hoje a instituição que possui uma excelente estrutura e que foi uma referência de lazer no município para centenas de famílias e principalmente para a prática do futebol de uma gama incontável de boleiros (praticantes e amantes do esporte bretão).

A Asbeg é um clube que foi constituído por ex-servidores do antigo Banco do Estado de Goiás há quase 40 anos. Hoje existem também outros filiados já que o clube abriu as portas para a participação da sociedade em geral. Atualmente não possui mais o glamour dos anos dourados, onde presenciamos os empolgantes e imponentes campeonatos com jogadores renomados ou anônimos , com arquibancadas lotadas, havia rivalidades e o clube vivia sempre lotado.

A crise do clube que já vinha se arrastando algum tempo, mas piorou há dois anos devido a uma forte chuva que provocou a queda de barranco do córrego Almeida, que passa no fundo do local, arrastando a metade de dois campos de futebol, levando junto alambrado e refletores.

Os campos atingidos foram o tradicional Asbeguinho, que possui até arquibancada e o principal campo soçayte, o único com iluminação onde podia se jogar à noite nas terças e quintas-feiras. A erosão foi tão grande que não há perspectiva de que os campos sejam recuperados tão cedo.

Se não houver apoio do Poder Público para recuperar o estrago, dificilmente haverá uma solução e os gramados jamais voltarão a ser utilizados para a prática do futebol. A Saneago seria a principal responsável pelos estragos devido a realização de obras de implantação do sistema de esgoto de Aparecida que passou exatamente no meio dos campos atingidos pela erosão.

Mas mesmo com todos os problemas existentes muitos boleiros ainda freqüentam o clube para jogar os tradicionais rachões nos dias de quinta-feira, sábado e domingo. O “racha” que era praticado somente pelos veteranos agora está sendo mesclados com os mais jovens, filhos dos próprios veteranos, e por convidados. Dessa forma ainda está mantida acesa a chama do futebol na Asbeg, que é uma forma dos “peladeiros” manterem uma excelente atividade física.

Outros problemas já existentes que também contribuíram para a debandada de muitos filiados são a falta de investimento, manutenção do clube e a não realização dos memoráveis campeonatos de futebol de campo e de soçaite.

O campo principal, o “Asbegão”, que é um excelente estádio de futebol, o qual possui uma estrutura de dar inveja à maioria das cidades do interior de Goiás, está ocioso e abandonado por falta de jogadores. A quantidade de boleiros que ainda freqüenta o clube para jogar nas quintas-feiras, sábados e domingos, não é suficiente para formar dois times de campo.

Devido a essa situação o clube é pouco freqüentado. O primeiro reflexo da crise da foi o sumiço das famílias dos sócios, as quais tinham o costume de se divertir nos finais de semana, tomar banho de piscinas, fazer churrascos, realizar encontros e festas de aniversários. Também deixou de ir ao local a maioria dos boleiros que era filiada, sendo que grande parte se ingressou em outro clube.

A diretoria da Asbeg sob a presidência de Jaime Monteiro da Silva, o Jaiminho, precisa urgentemente encontrar uma solução para que a crise não culmine no fechamento completo do clube. A direção também sofre com a crise, pois com poucos sócios filiados a arrecadação diminui e desta forma fica muito difícil fazer a manutenção, pagar salários dos servidores e manter um cronograma de atividades de esporte e lazer.

Uma das medidas tomada pela diretoria há alguns anos foi alugar a metade da área do clube estão os excelentes alojamentos que já serviram até de concentração para grandes times brasileiros, academias, espaço para eventos e atividades culturais, para o funcionamento da faculdade de medicina de Rio Verde, a Univerv. Com a arrecadação mensal do aluguel é possível fazer o pagamento de várias despesas do clube.

Os filiados possuem visões diferentes sobre o futuro da Asbeg. Alguns afirmam que a diretoria tem a intenção de vender toda a área porque não está sendo viável manter o clube. Outros acreditam que ainda é possível reavivar a instituição e transformá-la novamente o que fora outrora.

Entretanto é quase unânime entre os que ainda continuam a freqüentar e ser filiado, o desejo que o clube funcione com a sua plenitude, que mantenha os campos em perfeito estado para a prática do futebol, bons juízes e educadores esportivos.  Para esses sócios a Asbeg continua a ser a principal opção de lazer e entretenimento, inclusive a freqüência no clube já faz parte da rotina de suas vidas.

 

(Belini Roberto Moreira, jornalista)

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