Política

Célia acredita na superação

Redação DM

Publicado em 18 de agosto de 2016 às 01:58 | Atualizado há 9 anos

Segundo Célia Morais, quem põe comida na mesa do brasileiro é a agricultura familiar. Dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário indicam que somente 10% das terras agricultáveis do Brasil estão nas mãos do pequeno agricultor, que representa a maioria dos agentes da economia rural. O restante das terras brasileiras pertence a uma pequena parte da população que produz para o mercado exterior. Uma das razões da comida ser cara no Brasil, fator de retroalimentação da inflação recorrente, é justamente o fato de estar direcionado para o mercado externo o grosso da nossa produção de alimentos.

Célia Morais sabe muito bem do que está falando. Nascida de uma família pobre de pequenos agricultores, ela deu prioridade absoluta à agricultura familiar quando exerceu por dois mandatos consecutivos o cargo de prefeita de Guaraíta, onde foi vereadora e depois vice-prefeita. Ela diz que, quando assumiu, Guaraíta era a terceira cidade mais pobre de Goiás. Oito anos depois, saiu do ranking de pobreza. As ações da prefeitura tiveram tudo a ver com isso. Célia não só realizou aquilo que era de competência do poder municipal como, de resto, foi atrás de parceiras com o Estado, com a União, com a inciativa privada.

Agora ela quer repetir a experiência em Itapuranga, cidade onde nasceu, reside, e passou a maior parte de sua vida. “Guaraíta foi um distrito de Itapuranga que se emancipou”, diz ela, explicando que se dedicou à administração daquela cidade em razão de ligações familiares.

A história de vida de Célia é uma saga de superação. Casou-se aos 13 anos, sendo mãe aos 14. Tem três filhos, um deles morando nos Estados Unidos. Apesar da origem muito pobre, ela foi à luta para melhorar a sua vida. Estudou. Diplomou-se técnica de enfermagem, fez licenciatura plena em História e pós-graduação em Neuropedagogia. Viajou, conheceu os Estados Unidos, a Europa. Quando prefeita governou ouvindo a população, o gabinete sempre de portas abertas. Não sofreu oposição, pois se dava bem com todos os vereadores, sem nunca ter que comprar a boa vontade dos parlamentares. Nem por isso sua vida foi fácil. Contrariou interesses escusos e foi ameaçada de morte.

Evangélica, dedica parte do seu tempo aos ofícios religiosos. Congregada à Assembleia de Deus, Ministério Madureira, foi desde muito cedo dirigente de obras e ações pastorais de sua igreja. É funcionária pública estadual, na área de saúde. Sente-se plenamente realizada. Em razão disso, diz ela, aceitou ser candidata pelo PMDB à prefeitura de Itapuranga.

Célia diz que, segundo pesquisas de intenção de voto, aparece em segundo lugar, com viés de alta. Ela enfrenta candidatos muito fortes. Do outro lado, Daves Soares, do PSD, atual prefeito; Jabes Melo, PHS; e Tomaz Campos, do PV. “Não tenho dinheiro para gastar, nossa campanha é pé no chão, de casa em casa, ouvindo e conversando com as pessoas”, ela diz. “Mas sou uma candidata que não tem processos nas costas, meu nome é limpo, não encontra rejeição significativa, nunca fui acusada de nada, e tenho uma folha de serviços prestados que depõem a meu favor, além de uma rica experiência acumulada como vereadora e prefeita”, acrescenta.

Uma mulher do povo. “Itapuranga precisa promover suas potencialidades, que é a agricultura familiar e a indústria de confecção”, afirma. “Temos aqui uma usina de Álcool, mas nossa política em relação a ela será definida depois de ouvirmos toda a população”, diz.

Ela tem um programa de governo que, na área econômica, busca a promoção das vocações econômicas locais. Mas, além disso, é sua ideia dotar o funcionalismo municipal de um plano de cargos e salários, tal como realizou em Guaraíta. “E não poderia ser diferente, já que sou funcionária pública e conheço por experiência própria o quanto é importante motivar o servidor, valorizando a carreira do serviço público”, explica.

Um de seus projetos é iniciar a implantação de redes subterrâneas de Eletricidade e telefonia. “Vamos buscar recursos para isto, pois eles existem. A substituição da fiação aérea não só vai tornar a cidade mais bonita, mais agradável, como vai permitir a rearborização de nossas ruas”, argumenta.

 

 

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