Opinião

Considerações sobre o amor

Diário da Manhã

Publicado em 18 de agosto de 2016 às 01:49 | Atualizado há 9 anos

Jesus deixou claro que o amor exige muito mais de nós do que a lei jamais ousaria exigir. O verdadeiro amor nunca diz: “Agora já está bom. Já cumpri todas as minhas obrigações.” O amor não para, impele-nos à frente. Exige que caminhemos muitos quilômetros que não foram solicitados pela lei ou pela justiça.

Quando amamos, queremos fazer mais que nossa obrigação. Queremos fazer tudo quanto está ao nosso alcance.

Uma vida significativa só pode resultar da experiência do amor e isso duplica o compromisso e dedicação. O amor faz bem para os que se ocupam dele. Temos de nos ocupar com o amor, suar por ele, trabalhar por ele. O amor não chega embrulhado em papel de seda, pronto, com todas as peças no lugar.

Além disso, o amor não é uma emoção, um sentimento, não é sempre terno e doce. É um compromisso com outra pessoa. O compromisso do amor, seja em que nível for, tem de ser uma coisa permanente, uma aposta na vida.

O amor funciona! Mas conhecer e amar nunca é simples.  Somos criaturas da ilusão. Conhecer e amar: escolha e resolução. O quesito exclusivo para entrar no reino de Deus é a opção pelo amor, enquanto princípio de vida: “Guarda seu coração para o amor e guarda o amor para as pessoas.”

Diante do amor, a questão básica é: você quer realmente amar? Mas, você não pode fazer isso sozinho (a), porque o poder vem de Deus. Acredito que nenhum ser humano pode amar, realmente, a não ser que Deus esteja em atividade dentro dele: “Sem mim, nada podeis fazer.”

A verdade sobre o amor é que é de fato um grande consolo, mas é também um desafio monumental. O amor é a resposta irredutível, essencial ao enigma da existência humana, da totalidade e da felicidade. O amor é, realmente, dispendioso e exigente, e somente eficaz, quando as pessoas investem nele.

A diferença entre os que praticam boas ações e os que amam é a diferença entre a vida que é uma encenação no palco e a vida que é um ato de amor.

Viver é amar, e não há como imitar o verdadeiro amor. Não há como aprender a viver sem aprender a amar, porque amar significa acreditar em alguém, em alguma coisa. Pressupõe uma disposição para lutar, trabalhar, sofrer e participar das grandes alegrias.

O amor ensina a dar e a receber sem medida, pois, “o amor não busca seus próprios interesses. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele”. O amor é de fato a porta que leva a Deus, por isso, abrir nosso coração para as pessoas que amamos é abrir a porta para Deus entrar em nossa vida.

Portanto, o amor é uma decisão e um compromisso, e amar é tudo o que Deus faz e devemos fazer também. Repito: Viver é amar.

 

(Pe. Luiz Augusto, Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus)

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