Esportes

Sonho adiado

Redação DM

Publicado em 17 de agosto de 2016 às 02:27 | Atualizado há 5 meses

Após disputa sem gols no tempo normal e na prorrogação, a seleção brasileira feminina de futebol perdeu nos pênaltis para a Suécia, que vai fazer a final com a Alemanha. Com duas defesas da goleira Hedvig Lindahl, a equipe sueca fechou a partida no Maracanã com placar final de 4 a 3. A goleira Bárbara, que salvou a seleção brasileira no jogo contra a Austrália nas quartas de final, chegou a defender um dos pênaltis das adversárias, mas a cobrança da jogadora Lisa Dahlkvist fechou o placar dando vitória às suecas.

A emoção começou antes mesmo da bola rolar. Diferentemente de outras arenas, a primeira parte do hino nacional brasileiro não foi editada. Desta maneira, a torcida presente cantou a plenos pulmões, dando um gás extra às jogadoras. O forte calor poderia ser sinal de um primeiro tempo mais cadenciado. No entanto, não foi o que se viu em campo.

O Brasil queria a vitória e foi para cima do início ao fim, embalado pela torcida. Caindo pela direita, a canhota Marta foi a jogadora mais procurada. No entanto, quem levou perigo em dois lances quase consecutivos foi Debinha. A atacante pegou de primeira um rebote, assustando a goleira Lindahl. Pouco depois, obrigou a sueca a fazer grande defesa após uma cabeçada.

Marta também teve seu momento de brilho e quase fez um gol olímpico. Ela teve outra grande chance após jogada individual, mas viu o chute sair rente à trave. A superioridade brasileira foi tanta que pode ser traduzida no número de chutes: 15 a 2. Mas o gol acabou não saindo.

O cansaço que não apareceu na etapa inicial ficou claro após o intervalo. O ritmo caiu e as chances foram mais raras. Já as suecas aproveitaram para assustar. Após saída errada da goleira Barbara, a Suécia teve sua melhor chance. A atacante Blackstenius recebeu livre, mas chutou fraco para defesa da camisa 1 brasileira.

Na reta final, a torcida acordou e deu novo gás. Mas o calor e o cansaço de fato se tornaram os maiores rivais. Os chutes não saíam com a mesma potência e as arrancadas não surtiam o efeito desejado. O 0 a 0 permaneceu no placar e novamente o Brasil teve de encarar a prorrogação.

Para a prorrogação, o técnico Vadão escutou a torcida brasileira e lançou Cristiane, que se machucou na primeira fase do torneio, no lugar de Debinha. O time animou, mas quem levou perigo maior na primeira etapa foi a Suécia. Schelin teve grande chance de cabeça após cobrança de escanteio.

O segundo tempo foi quase uma reprodução do primeiro. Sem pernas, o Brasil tentava na base do coração, mas sem levar perigo ao gol sueco. Já a Suécia novamente deu um susto com Schelin. O Brasil respondeu após uma falta que levantou a torcida e gerou os gritos de “Eu acredito”. Na cobrança Marta procurou o canto, mas Lindahl fez a defesa. Nos minutos finais, a goleira sueca operou um milagre ao defender chute da camisa 10 brasileira, levando a torcida à loucura e a decisão às penalidades.

jogo do brasil


Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

Impresso do dia

últimas
notícias