Cultura

Plantas da floresta versus malária

Diário da Manhã

Publicado em 10 de agosto de 2016 às 02:24 | Atualizado há 9 anos

As flores da andiroba são de cor creme e os frutos em forma de cápsula, quando caem no solo liberam as sementes, dessas é extraído um óleo denso, claro e amargo, com propriedades cicatrizantes, antissépticas e anti-inflamatórias, usado pelos índios como repelente de insetos.

O nome científico dessa planta com 25 a 30 m de altura, da mesma família do mogno é Carapa guianensis. De cada 5 kg da semente é obtido 1 litro de óleo e dos restos da extração são feitas bolas que, quando  queimadas, liberam uma fumaça que afugenta os insetos, incluindo os vetores da malária, da febre amarela, da dengue e da filariose, além de combaterem também os borrachudos que transmitem a oncocercose ou cegueira dos rios causada por um verme.

A Fundação Osvaldo Cruz (Fio Cruz), que pesquisou a andiroba licenciou algumas empresas para fabricarem velas e outros produtos a partir do bagaço resultante da extração do óleo. Essas velas servem para iluminar o ambiente e também para espantar vários transmissores de doenças. Cremes, xampus e sabonetes também são produzidos a partir da andiroba.

Outra árvore comum na América do Sul e Central é a Cinchona oficinalis, conhecida como quina, da sua casca se extrai a quinina, substância de gosto amargo, bastante usada no tratamento da malária, devido às suas propriedades analgésica e antitérmica.

Dados mundiais apontam que anualmente 250 milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo na África, Ásia, América Central e do Sul são infectadas pelo plasmódio, protozoário que causa a malária. Ocorrem aproximadamente 1 milhão de mortes por ano em decorrência dessa parasitose que há muito tempo já poderia ter um programa de vacinação, pois que há alguns anos cientistas especializados, inclusive do Brasil, já afirmaram que a vacina pode ser produzida.

 


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