Política

Lava Jato esteve ontem em Goiânia

Diário da Manhã

Publicado em 3 de agosto de 2016 às 02:43 | Atualizado há 9 anos

A última das grandes empreiteiras que ainda não havia se tornado alvo da operação

Agentes da Polícia Federal e procuradores da República deflagraram na manhã de ontem a 33ª fase da Operação Lava Jato, intitulada “Resta Um” e que teve por alvo a construtora Queiroz Galvão. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, prisão preventiva e condução coercitiva, sendo que dos 32 mandados expedidos pela Justiça, dois alvos ocorreram em Goiânia.

A Procuradoria da República que comanda a força-tarefa da Lava Jato informou que as investigações sobre as ações da remontam ainda ao início das investigações e era a única das grandes empreiteiras que não havia sido alvo da operação que varre o país com o escândalo de corrupção na Petrobras. Segundo o MPF a Queiroz Galvão formou com as outras empreiteiras o “Clube da Propina”, fraudando licitações e firmando contratos superfaturados, provocando um rombo na petroleira.

O dono da construtora Ildefonso Colares Filho e o ex-diretor Othon Zanoide de Moraes Filho foram presos preventivamente no Rio de Janeiro. Eles já haviam sido detidos na 7ª fase da Lava Jato e soltos após a Justiça conceder habeas corpus, determinando sua libertação.

A Queiroz Galvão é acusada de pagar propinas para políticos, com destaque para o falecido ex-presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, com um vídeo gravado em que a corrupção foi combinada durante uma reunião. O delator Fernando Baiano também entregou as ações da construtora para distribuir propinas para políticos. Somente para o ex-presidente tucano teria sido um pagamento de R$ 10 milhões para que ele impedisse que a CPI da Petrobras tivesse desdobramento no Congresso.

Há também indícios de que milhões de dólares foram transferidos para contas em paraísos fiscais no exterior para políticos de partidos variados. “A hipótese tem por base depoimentos de colaboradores e comprovantes de repasses milionários feitos pelo trust Quadris, vinculado ao Quip, para diversas contas, favorecendo funcionários da Petrobras”, informou o MPF. As obras investigadas são as refinarias Abreu e Lima, Vale do Paraíba, Landulpho Alves e Refinaria Duque de Caxias, além do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro.

 


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