Internacional

OMS: China não convidou OMS para investigações sobre o início do coronavírus

Salma Ataíde

Publicado em 30 de abril de 2020 às 18:52 | Atualizado há 5 anos


Um representante da Organização Mundial da Saúde, na China, afirmou que o país recusou repetidos pedidos da agência (OMS) para participar de investigação sobre as origens do Sars-CoV-2 .

“Sabemos que alguma investigação nacional está acontecendo, mas, nesta fase, não fomos convidados a participar”, disse o Dr. Gauden Galea.

Segundo o representante “a OMS está fazendo pedidos à comissão de saúde e as autoridades. As origens do vírus são muito importantes, a interface animal- humano é extremamente importante e precisa ser estudada”. Para o Dr. Galea, a OMS precisa entender como surgiu a doença para evitar que novas pandemias aconteçam no futuro.

Políticos afirmam que a China demorou para alertar o resto do mundo sobre a gravidade da Covid-19

Entre os argumentos mais comuns, e que encontram diferentes graus de respaldo entre especialistas , estão o de que Pequim demorou para alertar o mundo sobre a gravidade da doença. E que camufla suas estatísticas sobre a doença.

Parte das críticas à China se baseiam no tempo em que Pequim levou para compartilhar com o resto do mundo as informações iniciais sobre o surto. Segundo a agência Associated Press, em 14 de janeiro, o dirigente de um órgão sanitário chinês disse ao governo central em Pequim, que o vírus Sars-CoV-2 poderia ser transmitido entre humanos e que todas as localidades precisavam de preparar para uma epidemia.

Seis dias depois, no entanto, governo da China afirmou publicamente que o vírus apresentava baixo risco para humanos. Na época, a Organização Mundial da Saúde (OMS) chancelou a avaliação de Pequim: em 23 de janeiro, o órgão disse que era “muito cedo para falar de uma emergência de saúde pública de alcance internacional.

Segundo um estudo da Universidade de Southampton, no Reino Unido, se a China tivesse adotado suas medidas restritivas uma semana antes, o novo coronavírus teria infectado 66% pessoas a menos no mundo até o fim de fevereiro. O mesmo estudo, porém, elogiou a abrangência das ações ordenadas por Pequim para conter o vírus, entre os quais a proibição de viagens, o isolamento dos infectados, o fechamento de escolas e o cancelamento de eventos públicos.



Postura oficial de Pequim

Apesar da admissão de falhas pelo prefeito de Wuhan, as autoridades em Pequim tem negado que a China demorou a relatar o surto. Nas entrevistas coletivas organizadas pelo Ministério das Relações Exteriores Chinês, jornalistas estrangeiros que abordam o tema costumam receber uma resposta padrão.

“Nós reportamos os casos a comunidade internacional, compartilhamos a sequência genômica do vírus e promovemos cooperação internacional para conter o vírus no prazo mais rápido possível”, disse Geng Shuang, porta- voz do ministério em resposta a um dos últimos questionamentos sobre o tema.

*Com informações do Uol


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