MPGO abre inquérito para apurar falta de tornozeleiras eletrônicas em Goiás
Redação DM
Publicado em 12 de julho de 2016 às 18:00 | Atualizado há 9 anosO Ministério Público de Goiás (MP-GO) abriu um inquérito para apurar o motivo da falta de tornozeleiras eletrônicas no sistema penitenciário em Goiás. A linha de investigação tem como principal objetivo apurar a falha do envio da empresa fornecedora dos dispositivos para o Estado.
De acordo com informações do próprio MP-GO, há denúncia de que Goiás tem uma dívida com a empresa fornecedora que ultrapassaria R$ 3 milhões e por esse motivo, esta cortou o fornecimento do material até o pagamento de pelo menos uma parcela do valor.
O inquérito foi aberto pelo promotor de justiça Fernando Krebs, que solicitou à Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás os comprovantes de pagamentos feitos à empresa, além da cópia do documento de contratação do fornecimento.
Para Krebs, é importante que a Agência Estadual de Turismo informe o valor pago pelo Estado para a realização de shows em 2015 e 2016. De acordo com o promotor, esses gastos são supérfluos e estariam impedindo o pagamento de compromissos tidos por ele como inadiáveis, o que pode ser configurado como ato de improbidade administrativa.
Os equipamentos são utilizados por beneficiados da Justiça que poderão cumprir pena domiciliar e liberdade monitorada.
O assunto sobre as tornozeleiras faltosas começou a ser divulgado no início do mês, quando Carlos Cachoeira foi preso em Bangu 8, no estado do Rio de Janeiro, por falta de equipamento.