A dor da natureza
Diário da Manhã
Publicado em 5 de julho de 2016 às 02:16 | Atualizado há 9 anosEm breve reflexão, por meio de experiências vividas na família primeiro modelo de sociedade, o qual prossegue com a religião, a política, a comunidade… A racionalidade precisa ser pelos seres superiores os quais são o emocional e o espiritual. Pois seremos sempre aprendizes enquanto caminheiros deste mundo. A breve reflexão serviu de gancho para desabafar num doloroso apelo a favor do rio do peixe em mozarlândia, afluente do rio araguaia. Pela visão que ele nos mostra caberia o nome: rio sem peixe. Que ao sentimento da poetisa ele chora ao perder suas águas a cada ano que passa com o assoreamento. As árvores deitam para um sono sem fim. Matas ciliares já nem existem. Elas deram lugar aos gados dos fazendeiros, os quais só pensam em dinheiro. Ação do homem o qual precisa aprender usar o emocional e o moral não exploradamente. Naquele dia iniciava o solstício de inverno. O vento a soprar mostrava que as árvores despediam-se das folhas para junto ao solo transformar em adubo. E aquilo que já serviu, servirá de outra maneira. Seus galhos pareciam braços abertos prontos a esperar por algo diferente – novos brotos. E seu corpo despido não se intimidava de mostrar sua bela nudez. Ao devolver as sementes à terra, deixa-nos o exemplo de que até nós somos esterco da mesma e que ninguém é de ninguém.
(Nazareth Cândida Freitas,poetisa, folclorista, historiadora, bióloga, mestra e doutora)