Padrasto suspeito de estuprar enteada por nove anos é preso em Aparecida de Goiânia

A Polícia Civil prendeu na quarta-feira, 25, um homem de 45 anos, suspeito de estuprar a enteada durante nove anos em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. De acordo com a corporação a jovem, que hoje tem 15 anos, afirmou que sofria os abusos desde os seis anos de idade e que ela só conseguiu denunciar o padrasto com ajuda e incentivo do namorado.

A corporação divulgou que os abusos aconteciam no período da noite, momento em que todos estavam dormindo, no horário de almoço do homem e em ocasiões em que ele levava a adolescente para o antigo trabalho onde entregava extintores de incêndio.

Em depoimento, a vítima relatou que o suspeito casou-se com sua mãe quando ela tinha 3 anos de idade e que os abusos começaram três anos depois, inicialmente com toques e outras exigências. O estupro propriamente dito começou quando a menina fez 13 anos. Além disso, afirmou que o padrasto ameaçava ela e mãe com uma faca caso ela contasse sobre os abusos.

A polícia ainda informou que quando a adolescente completou 15 anos, ela começou a namorar um rapaz da mesma idade, que é deficiente visual. No início do relacionamento o padrasto apresentou um ciúme exagerado em relação à menina, chegando até a ameaçar o namorado dela por telefone.

Ainda de acordo com a corporação, após as ameaças feitas ao namorado, ela contou a ele que sofria abusos do padrasto. A partir daí o adolescente começou a incentivar a namorada à denunciar o crime.

E foi em julho do ano passado que a jovem, acompanhada do namorado, resolveu denunciar à polícia sobre os abusos sexuais que havia sofrendo há nove anos. De acordo com o boletim de ocorrência, nem mesmo a mãe da jovem sabia sobre a violência e na mesma época ela se mudou para a casa do pai, também localizada em Aparecida de Goiânia, alegando que não aguentava mais conviver com o padrasto.

No depoimento da mãe, ela diz que acredita na filha, mas que não sabia sobre os abusos, mas notou o ciúme exagerado do marido em relação à filha, porém não imaginava que ele pudesse estar violentando a filha.

De acordo com as investigações, depois que a adolescente saiu da casa onde morava com a mãe, o suspeito proibiu que as duas se encontrassem. A mãe dela tem um casal de filhos com o homem e ele ameaçava tirar as crianças dela caso ela fosse vista com a filha mais velha.

A polícia divulgou que há cerca de dois meses o pai da adolescente morreu durante uma briga de rua e desde então a menina foi morar com a avó.

O padrasto irá responder por estupro de vulnerável, com agravante de ter cometido o ato por várias vezes e caso seja condenado poderá pegar de 8 a 22 anos de prisão.