Opinião

Planeta Terra: espetáculo da natureza

Diário da Manhã

Publicado em 20 de maio de 2016 às 02:17 | Atualizado há 9 anos

Ter­ra, uma fan­tás­ti­ca imen­si­dão com mais de 510 mi­lhões de Km² de su­per­fí­cie. Ha­bi­tat de mi­lhões de es­pé­ci­es da fau­na e flo­ra. É a vi­da em in­ten­so mo­vi­men­to se ma­ni­fes­tan­do em to­dos os es­tá­gios e seus ci­clos in­ter­mi­ná­veis, se­ja pe­las es­pé­ci­es que um dia de­sa­pa­re­ce­rão, se­ja por ou­tras que vi­rão re­com­por a dan­ça da na­tu­re­za que fas­ci­na a hu­ma­ni­da­de há tem­pos mi­le­na­res.

A na­tu­re­za pro­pí­cia inú­me­ros es­pe­tá­cu­los de vi­da por meio de seus im­por­tan­tes ecos­sis­te­mas. O bo­tâ­ni­co in­glês Ar­thur Tans­ley (1871-1955), pi­o­nei­ro na eco­lo­gia das plan­tas de­fi­niu pe­la pri­mei­ra vez o ter­mo Ecos­sis­te­ma em 1935, que é um con­cei­to pa­ra se re­fe­rir às co­mu­ni­da­des de se­res vi­vos e lo­ca­is on­de eles vi­vem. Den­tre os di­ver­sos ti­pos de ecos­sis­te­mas, sub­di­vi­dem-se os ter­res­tres em flo­res­tas, sa­va­nas, es­te­pes (pra­da­ri­as) e de­ser­tos; já os aquá­ti­cos em ma­ri­nhos e de água do­ce. Co­mo exem­plo a Flo­res­ta Ama­zô­ni­ca, que abran­ge 5,5 mi­lhões de Km², dos qua­is o Bra­sil tem 60% e o res­tan­te en­tre o Pe­ru, Co­lôm­bia, Ve­ne­zu­e­la, Equa­dor, Bo­lí­via, Re­pú­bli­ca da Gui­a­na, Su­ri­na­me e Gui­a­na Fran­ce­sa; é um ber­çá­rio de vi­da em lar­ga es­ca­la!

Dis­cor­rer so­bre o fas­cí­nio que a na­tu­re­za nos pro­por­ci­o­na é vis­lum­brar o Bra­sil de di­men­sões con­ti­nen­tais, com mais de 8,5 mi­lhões de km², de be­le­zas na­tu­ra­is de to­da or­dem; nos man­gue­zais, nas en­se­a­das, nos re­ci­fes e no be­lís­si­mo li­to­ral com mais de se­te mil Km de ex­ten­são. A Ba­cia Hi­dro­grá­fi­ca Ama­zô­ni­ca, a mai­or do mun­do com 6,9 mi­lhões de km², dos qua­is 3,8 mi­lhões km² es­tão no Bra­sil e o res­tan­te no Pe­ru, Bo­lí­via, Co­lum­bia, Equa­dor, Ve­ne­zu­e­la e Re­pú­bli­ca da Gui­a­na. O Rio Ama­zo­nas, que nas­ce no Pe­ru, e de­pois de en­trar em ter­ri­tó­rio bra­si­lei­ro com o no­me de rio So­li­mões, ao jun­tar-se ao rio Ne­gro re­ce­be o no­me de Rio Ama­zo­nas até sua foz no Oce­a­no At­lân­ti­co, com mais de mil aflu­en­tes. Já o Rio Ni­lo, da Áfri­ca mar­geia o Con­go, Su­dão do Sul, Su­dão, Quê­nia, Bu­run­di, Etió­pia, Eri­treia, Egi­to, Tan­zâ­nia, Ru­an­da e Ugan­da, até de­sa­gu­ar no mar Me­di­ter­râ­neo. Os rios Ama­zo­nas e Ni­lo são os mais ex­ten­sos e cau­da­lo­sos do mun­do, ca­da um com apro­xi­ma­da­men­te 6900 km de ex­ten­são.

Os Po­los Nor­te e Sul lo­ca­li­za­dos nas ex­tre­mi­da­des da Ter­ra, além de ce­ná­rios ar­re­ba­ta­do­res são ca­rac­te­ri­za­dos por re­gis­tra­rem as mais bai­xas tem­pe­ra­tu­ras do mun­do. No Po­lo Sul, imen­sa área de­sér­ti­ca de 14 mi­lhões Km², on­de se lo­ca­li­za a An­tarcti­ca já fo­ram re­gis­tra­dos in­crí­veis 89,2 graus ne­ga­ti­vos. Um ad­mi­rá­vel mun­do ge­la­do, mes­mo com to­dos os ob­stá­cu­los pró­prios des­sas re­gi­ões; a vi­da é ce­le­bra­da no voo da “pe­trel ne­ve”, pe­que­na ave que se re­pro­duz ex­clu­si­va­men­te na­que­la be­lís­si­ma re­gi­ão. O Po­lo Nor­te é on­de vi­vem a ra­po­sa-do-ár­ti­co e o gran­de ur­so-po­lar. Es­sas du­as ge­lei­ras po­la­res são de vi­tal im­por­tân­cia pa­ra o equi­lí­brio da tem­pe­ra­tu­ra em to­do o mun­do.

Os fas­ci­nan­tes de­ser­tos, ca­rac­te­ri­za­dos por lon­gas es­ti­a­gens e al­tas tem­pe­ra­tu­ras fa­zem par­te do co­ti­dia­no de mui­tos po­vos. O De­ser­to do Sa­a­ra, por exem­plo, lo­ca­li­za­do no nor­te da Áfri­ca é o mai­or do mun­do com ex­tra­or­di­ná­rios 9,4 mi­lhões de Km², abran­gen­do a Ar­gé­lia, Cha­de, Egi­to, Lí­bia, Ma­li, Mar­ro­cos, Mau­ri­tâ­nia, Ní­ger, Sa­a­ra Oci­den­tal, Su­dão e Tu­ní­sia. Es­ti­ma-se que vi­vem cer­ca de 2,5 mi­lhões de pes­so­as nes­ta re­gi­ão. O mun­do é co­ber­to por uma gran­de área de apro­xi­ma­da­men­te vin­te e cin­co de­ser­tos, se­jam sub­tro­pi­cais, cos­tei­ros, fri­os ou po­la­res co­mo é o ca­so da An­tár­ti­ca e do Ár­ti­co que são con­si­de­ra­dos co­mo tais.

Os oce­a­nos são ver­da­dei­ras ma­ra­vi­lhas de cor­ren­tes de água sal­ga­da abran­gen­do uma imen­sa área de 361 mi­lhões de Km², da su­per­fí­cie da Ter­ra, in­ter­li­gan­do-se en­tre si o Pa­cí­fi­co, At­lân­ti­co, Ín­di­co Gla­ci­al An­tár­ti­co e o Gla­ci­al Ár­ti­co. O Oce­a­no Pa­cí­fi­co é o mais pro­fun­do de to­dos che­gan­do a atin­gir 11 mil me­tros de pro­fun­di­da­de, na Fos­sa das Ma­ri­a­nas. Os ma­res que são par­tes me­no­res dos oce­a­nos, exem­plo do mar Me­di­ter­râ­neo que se­pa­ra a Eu­ro­pa da Áfri­ca, com li­ga­ção di­re­ta com o oce­a­no At­lân­ti­co pe­lo Es­trei­to de Gi­bral­tar.

A na­tu­re­za é sur­pre­en­den­te em to­da a sua ex­ten­são da su­per­fí­cie da Ter­ra. Se­ja, na Gran­de Bar­rei­ra de Co­ra­is aus­tra­li­a­na, com 2900 km de ex­ten­são si­tu­a­da en­tre as prai­as da Aus­trá­lia e da Pa­pua-No­va Gui­né, na Oce­a­nia; no La­go Ti­ti­ca­ca nos An­des pe­ru­a­nos e bo­li­vi­a­nos, com 8300 mil Km²; no Par­que Na­ci­o­nal do Grand Câ­ni­on, nos Es­ta­dos Uni­dos; no Par­que Na­ci­o­nal de Ngo­ron­go­ro, na Tan­zâ­nia, on­de são en­con­tra­dos os gran­des ma­mí­fe­ros; na Ilha de Ga­lá­pa­gos, no Oce­a­no Pa­cí­fi­co; nos Al­pes Eu­ro­peus que com­pre­en­de a Ale­ma­nha, Áus­tria, Fran­ça, Itá­lia, Mô­na­co, Li­echten­stein, Su­í­ça e Es­lo­vê­nia. E ain­da na cor­di­lhei­ra do Hi­ma­laia “A mo­ra­da da ne­ve”, na Ásia, que abran­ge o Pa­quis­tão, Ín­dia, Ne­pal, Bu­tão e Chi­na, on­de se lo­ca­li­za os 100 pi­cos mais al­tos do mun­do, in­clu­si­ve o Mon­te Eve­rest, com 8848 m. de al­tu­ra, con­si­de­ra­do o to­po do mun­do. São al­gu­mas ma­ra­vi­lhas do Pla­ne­ta Ter­ra!

 

(Bra­sil­mar Nas­ci­men­to Araú­jo, ar­ti­cu­lis­ta e po­e­ta. bra­sil­mar.ser­ra­da­[email protected])

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