Cotidiano

Operação contra desmatamento em território kalunga

Redação DM

Publicado em 4 de junho de 2020 às 17:06 | Atualizado há 5 meses


O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), deflagrou operação para conter e punir as ações criminosas de desmatamento registradas no território kalunga, comunidade quilombola do Estado. O governador Ronaldo Caiado determinou ação enérgica no caso.

A destruição chegou ao conhecimento da Semad na terça-feira (02/06) e imediatamente foi apurada por meio de levantamentos de imagens de satélite e deflagrada operação de fiscalização para conter os danos ambientais.



O território Kalunga, embora esteja ligado à gestão do governo federal, tem atuação também estadual no que diz respeito a proteção do meio ambiente.

O desmatamento de quase mil hectares foi identificado em propriedades que ainda não foram desapropriadas, mas que estão dentro do território quilombola, e parte na Área de Proteção Ambiental (APA) de Pouso Alto, sob gestão estadual.

A secretária Andréa Vulcanis (Foto) entrará ao vivo no webinar da Semana do Meio Ambiente, no final da tarde desta quinta-feira (04/06), para um balanço da operação em Cavalcante. Profissionais de imprensa e a sociedade em geral podem participar. Basta se inscrever neste link: https://goias.zoom.us/webinar/register/WN_ZRx58y63TXqlCjy1JOKeDw

“Infelizmente, na Semana do Meio Ambiente, nós temos que fazer uma ação de fiscalização tão dura na região mais preservada do Cerrado brasileiro, onde nascem as águas dos principais rios brasileiros”, afirma a secretária Andréa Vulcanis, que se deslocou nesta quinta-feira (04/06) até Cavalcante para acompanhar a operação.

“O território kalunga está sob gestão do governo federal, porém toda a área de meio ambiente e supressão de vegetação e autorizações é da Semad. Então, faremos nosso papel atuando de forma efetiva”, destaca a secretária.

Assim que a Semad recebeu denúncia sobre as ações criminosas em Cavalcante, imediatamente acionou equipes de fiscalização, com apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema). Elas foram enviadas de imediato para verificar o caso. Imagens de satélite produzidas pelo sistema da secretaria comprovam o desmatamento.

As equipes de fiscalização estão em campo a coletar dados para a produção dos autos de infração. A princípio, já foi verificada destruição de vegetação em cerca de mil hectares, metade deles recentes, ocorrida no mês de maio.

A secretária Andréa Vulcanis afirma que os desmatadores se aproveitam do período da pandemia, acreditando na não presença do Estado, bem como das particularidades da vegetação para agir clandestinamente. “São vegetações nativas mais ralas e baixas, cujo desmatamento requer um alto nível de monitoramento pelos satélites e que não são detectados com facilidade. Por isso, as denúncias são essenciais, para que as equipes possam se deslocar até os locais”, conclui.


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