Opinião

Palavra do povo complemento

Redação DM

Publicado em 1 de abril de 2016 às 00:54 | Atualizado há 5 meses

Lembro que em 31 de m de 1964, com 19 anos, eu era radialista e locutor da Rádio Santana de Anápolis quando o golpe militar fechou o congresso e instalou a revolução gloriosa. Os militares tomaram o poder. Eu, como radialista, redigia textos de publicidade e atésses textos comerciais tinham de passar pela censura. Lembro que eu redigia ou datilografava esses textos e levava lá na Polícia Federal, no prédio do INPS, onde fica o Hotel Itamaraty, na Rua Braão do Rio Branco com a Manoel D’Abadia, e depois de lidos os textos o agente da PF carimbava o texto com a palavra Aprovado. Toda programação da Rádio deveria ser gravada e guardada por cinco anos. Era imenso o gasto com fitas de rolo. Até músicas eram censuradas.

Em 1967, quando foi instalado o Ato Institucional número 5, eu estava na minha cidade de Catalão lecionando em três colégios e no Ginásio Anchieta meu diretor João Margon Vaz foi preso juntamente com muita gente da cidade.

Quando falo que o dia 31 de março é uma boa data para se refletir e repetir é porque o momento que vivemos hoje é muito pior do que era aquele de 64. O Brasil está mergulhado no fundo do poço, sem uma luz no fim do túnel. É por isso que acho que uma nova revolução militar seria até interessante.Fecha-se o congresso e dentro de seis meses faça-se uma nova eleição. Acaba com a bagunça que se instalou no Planalto Central. Tenho saudades dos anos 64.

(Castro Alves é advogado, via e-mail)


O PMDB tem a presidência

Izabel Avallone

Por mais que Lula seja um bom articulador como querem alguns na mídia e por toda dificuldade que Dilma tem para negociar, não há como negar que hoje, nada que o governo dê ao PMDB vai convencê-lo a não aderir ao impeachment. Ao partido de Temer não interessa cargos, verbas, títulos e promessas. Lula e Dilma precisam acordar. O PMDB tem a presidência. É preciso mais?

(Izabel Avallone, via e-mail)


PT segue fechando fábricas

Paulo Panossian

Após pouco mais de três décadas da criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o PT também de Lula continua fechando fábricas, e infelizmente agora por todo o País. Se a CUT, comandada por Lula, nos anos 80 do século passado, transformou a região do ABCD Paulista num verdadeiro “cemitério de galpões” de indústrias fechadas e abandonadas, devido à radicalização no curso das greves, este quadro deprimente da atual recessão econômica produzida perversamente pelo governo Dilma, que em 2014 fechou 3.584 fábricas, já em 2015, este número saltou para 4.451, ou 24% mais, de indústrias de todos os segmentos que serraram suas portas. Ora, se as projeções para este ano de 2016 são que o PIB tenha uma queda em torno de 4%, milhares de outras empresas por falta de pedidos e capital de giro vão seguir o mesmo caminho, aumentando ainda mais o desespero dos trabalhadores com o fantasma do desemprego batendo às portas. E o que dizer então do PT, que se dizia ser o Partido dos Trabalhadores, e hoje dá um verdadeiro golpe nesta digna classe operária do País…?!

(Paulo Panossian, via e-mail)


Lula conspira

Mara Montezuma Assaf

Lula não se rende jamais, ele próprio já verbalizou isso, tomando como exemplo o general Giap, do Vietnã. A derrota para ele é inimaginável, tem que se lutar enquanto estiver vivo, não se render jamais diante da adversidade, seja na guerra, seja acuado pelas evidências legais. Ontem Lula se encontrou com o vice Michel Temer, na Base Aérea de São Paulo, e nessa ocasião Temer deixou claro que o PMDB vai descolar do governo. Qual a reação de Lula? Reunir hoje vários órgãos da imprensa estrangeira num hotel da zona sul de São Paulo. Detalhe: foi proibida a entrada de jornalistas brasileiros. Esta notícias foi ouvida pela Rádio Bandeirantes. Muito bem, Lula continua sua luta, agora conspirando, passando a sua versão dessa história suja na qual ele foi um dos principais protagonistas, senão o maior. Ele está tentando passar a ideia de que o governo Dilma está sofrendo golpe, que a direita conservadora não admite mais as reformas sociais implantadas pelo PT e blá-blá-blá! Este é o Lula, o discípulo de Giap, que não admite derrota, que usa de todos os meios, lícitos e ilícitos, para chegar à vitória. O tom que os petistas e Lula usam de uns dias para cá é belicoso. Lula disse: guerra é guerra. Ele não vai titubear em levar este País a uma convulsão social. É esperar para ver.

(Mara M. Assaf, via e-mail)

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