Opinião

Lula tenta impor ditadura fascista no País

Diário da Manhã

Publicado em 19 de março de 2016 às 01:27 | Atualizado há 9 anos

Pouco tempo depois de concluir o seu segundo mandato em 2010, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva registrou em seu site que “Dilma é projeto meu para a gente governar até dois mil e não sei quando”, evidenciando seu apego ao poder ao eleger sua sucessora e cria Dilma Rousseff, que vem desgovernando o País há sete anos após sua polêmica reeleição em 2010. Entre o criador e a criatura, o lulopetismo está caminhando para 13 anos de lamaçal na gestão pública, além da deplorável situação política, econômica e social da Nação. Que o diga a histórica manifestação popular do dia 13, quando o povo foi às ruas de todos os Estados e do Distrito Federal, além do exterior, para protestar contra a roubalheira avassaladora no País, pedir a prisão de Lula por envolvimento em ações ilícitas, o impeachment de Dilma Rousseff por atos igualmente incompatíveis com a moralidade administrativa e de políticos de vários partidos comprometidos com ilicitudes, conforme investigações da Polícia Federal, de Procuradores federais, de decisões judiciais do magistrado Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal do Paraná, que integram a justa, eficiente e imparcial atuação da Lava Jato, assim como os diversos presos que já fizeram delação premiada. O mais recente delator, que envolveu figurões do poder central, inclusive Lula e Dilma, foi o senador Delcídio do Amaral, então líder do governo Dilma no Senado. Seu depoimento na Lava Jato teve grande repercussão.
Na verdade, das delações na Lava Jato, a que mais despertou atenção da grande maioria do povo brasileiro, foi a do senador Delcídio do Amaral, o qual antes de ser preso, exerceu as funções de líder do Governo no Senado e sempre estava em contato com o Palácio do Planalto, particularmente com a presidente Dilma Rousseff, ficando a par de tudo o que ocorria no Governo e em suas adjacências. Ele deixou o PT e teve sua delação homologada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. Além de Lula e Dilma, Delcídio também cita Aécio Neves (PSDB) e Michel Temer (PMDB). A jornalista Débora Bergamasco, em trecho inicial da revista IstoÉ, em sua edição de 9/3/16, afirma: “Pouco antes de deixar a prisão, no dia 19 de fevereiro, o senador Delcídio do Amaral (MS) fez um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato. IstoÉ teve acesso às revelações feitas pelo senador. Ocupam cerca de 400 páginas e formam o mais explosivo relato até agora revelado sobe o maior esquema de corrupção no Brasil – e outros escândalos que abalaram a República, como o Mensalão. Com extraordinária riqueza de detalhes, o senador descreveu a ação decisiva da presidente Dilma Rousseff para manter na estatal os diretores comprometidos com o esquema do Petrolão e demonstrou que, do Palácio do Planalto, a presidente usou de seu poder para evitar a punição de corruptos e corruptores, nomeando para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) um ministro que se comprometeu pela soltura de empreiteiros já denunciados pela Lava Jato. O senador Delcídio também afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha pleno conhecimento do propinoduto instalado na Petrobras e agiu direta e pessoalmente para barrar as investigações – ‘inclusive sendo o mandante do pagamento de dinheiro para tentar comprar o silêncio de testemunhas’.”
Na realidade, o Brasil não pode continuar sendo governado por essa quadrilha de corruptos e corruptores, afrontando o Estado de Direito, a moralidade e a democracia, pois o lulopetismo e aliados do toma-lá-dá-cá se valem do poder para usufruírem de práticas espúrias, amorais e ilícitas, todos passíveis de ações penais. A Constituição Federal de 5 de outubro de 1988, em seu artigo 37, determina: “A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.” Todavia, o que está prevalecendo no desgoverno do lulopetismo é a corrupção institucionalizada, envolvendo o ex-presidente Lula, sua apadrinhada Dilma Rousseff, ministros de Estado (entre outros, Edinho Silva, Jacques Wagner, Aloizio Mercadante) e quase uma centena de políticos denunciados pelo Procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Entre eles, estão Renan Calheiros, presidente do Senado; Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, Humberto Costa, Lindbergh Farias, Raul Raupp, Jader Barbalho, Edson Lobão e Gleise Hoffmann. Dilma não explica os gastos de suas campanhas eleitorais de 2010 e 2014, respondendo a processo no Tribunal Superior, além de suas implicações com a Petrobrás e a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos (Texas). Lula chegou ao poder com o golpe do Mensalão e depois se aproximou do Petrolão, fazendo nomeações, ditando ordens e se vinculou a empreiteiras, entre as quais a Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez e UTC, que saquearam a Petrobras e outras estatais. A estratégia do ex-presidente, de sua sucessora e de seus apaniguados sempre foi a negativa: “Não tenho conhecimento, não sei e nada vi.”
Investigado pela Lava Jato (tanto Lula quanto Dilma tentaram barrá-la e até agiram junto a ministro do Supremo para soltarem empreiteiros presos no Paraná), o ex-presidente Lula chegou a ser conduzido coercitivamente para depor na Polícia Federal, em sala especial no Aeroporto de Congonhas (SP). Julgando-se todo-poderoso e acima da lei, virou uma fera e, com receio de ser preso, mobilizou a militância fanática petista, inclusive o MST e a CUT, para protestar contra sua condução coercitiva, o que configura desrespeito e desacato ao mandado policial. Antes, com fundamento técnico-jurídico em provas, promotores de São Paulo pediram sua prisão e a Juíza do caso enviou o processo ao magistrado Sérgio Moro, da Lava Jato. A apadrinhada de Lula, na iminência de sua prisão, o nomeou Ministro da Casa Civil para garantir-lhe foro privilegiado e o empossou nas funções no dia 17 (quinta-feira). Com foro privilegiado, ele só pode ser julgado apenas pelo Supremo Tribunal Federal e não pelo juiz Sérgio Moro. Os protestos contra sua nomeação e posse no Ministério da Casa Civil prosseguiram antes o durante todo o dia 17 em várias capitais, inclusive em Goiânia. Sua nomeação para ministro está na contramão do artigo 37 da Constituição Federal, conforme transcrevemos acima. Sua posse no Ministério da Casa Civil atenta contra o artigo 37 da Lei maior do País. Portanto, vamos aguardar a decisão do Supremo, pois sua posse em função pública fere a legalidade e a moralidade. Registre-se que sua mulher Marisa Letícia, filhos e outros familiares não têm foro privilegiado e respondem a processos na Lava Jato.
O fato é que, no caso de Lula, ele é autoritário, arrogante, raivoso e se considera intocável. Na sua agressividade contra quem informa e critica seus desmandos, vocifera termos de baixo calão em desrespeito à sociedade. Ele e seus asseclas tentam calar a imprensa televisiva e escrita, agredindo a livre manifestação do pensamento em flagrante menosprezo à Constituição da República. No último dia 8, provavelmente por orientação do lulopetismo, em vez de comemorarem o Dia Internacional da Mulher, baderneiros e baderneiras do Movimento dos Sem-Terra, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outros segmentos atrelados ao lulismo, invadiram a sede do Grupo Jaime Câmara aos gritos de “Fora Globo”, além de picharem o piso e as paredes do salão de entrada da principal Rede de Comunicação Social do Centro-Oeste, a qual, ao longo de sua expressiva trajetória, vem prestando relevantes serviços à população da grande região e que se estende ao Estado do Tocantins (Norte goiano). Também badernaram na Secretaria de Estado da Fazenda. O lulopetismo não mais tem condições administrativas, morais e éticas de governar o País. Que o diga, mais do que nós, a grande maioria do povo brasileiro que protesta nas ruas contra o desgoverno. Delcídio também se refere à vingança de Lula contra o governador Marconi Perillo ao incentivar a criação da CPI do Cachoeira na tentativa de envolver o chefe do Executivo goiano no caso. Marconi compareceu espontaneamente à CPI no Congresso e esclareceu o que ocorrera: havia alertado Lula sobre a compra de apoio político que originou o Mensalão. Em seu apreciado livro “Assassinato de Reputações” – Um Crime de Estado – Romeu Tuma Júnior, que exercera as funções de Secretário Nacional de Justiça, registra os desmandos do governo Lula e cita que no dia 5 de março de 2004, em viagem com o então presidente para inaugurar a fábrica Perdigão, em Rio Verde, Marconi avisou Lula sobre a pagamento de mesadas a parlamentares do Mensalão. Afinal, diante dos desatinos que o povo brasileiro está vivenciando, se o lulopetismo continuar no poder, Lula, a exemplo do regime tirânico de Benito Mussolini, na Itália, vai criar os “Fasci” e os “Camicie nere” (Camisas pretas), ambos tropas de combate, sendo o último subvencionado por banqueiros, industriais e grandes proprietários. Maquiavélico, Lula tenta impor uma ditadura fascista no País!

(Armando Acioli, jornalista e formado em Direito pela UFG)


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