Brasil

Desligue do seu passado vitórias ou derrotas

Redação DM

Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 00:40 | Atualizado há 10 anos

Muitas pessoas são prisioneiras do tempo. Muitos vivem do passado, embora estejam no presente. São escravas emocionais das situações que se foram e alimentam-se, de forma compulsiva, do que passou em suas vidas. O seu comportamento, é duplo: reclamam das agruras dos tempos antigos, ou recordam-se dos “bons e velhos tempos que não voltam mais.” Com certeza, é provável que tais fatos sejam verdadeiros e nada há de mal, ‘em princípio, recorda-los, exceto quando se tornam verdadeiras prisões. O passado, nesse cenário deixa de ser fonte de experiências que ensinam a viver, para uma realidade que impede de viver bem, aqui é agora! Enquanto você não desprende do passado, não vive o presente, não vive intensamente, não projeta o futuro. Enquanto você revive o passado, a dor das experiências negativas permanecem na sua memória e a tristeza encontra residência permanente em sua vida. O hoje torna-se um eterno ontem, e futuro jamais pode ser sonhado. De fato o grande inimigo emocional das pessoas são as suas decepções, frustrações, as mágoas e os ressentimentos acumulados. Um gesto, uma palavra, um cheiro, um luar…. tudo evoca a lembrança de coisas tristes que voltarão a ser revividas, vez após vez nesse labirinto emocional que existe em cada um de nós. “ Ah, mas eu não consigo esquecer….” dizem, Esta expressão, tão sofrida enquanto sincera e verdadeira, retrata que a questão do passado talvez não esteja na falta de vontade, mas na incapacidade de obter o resultado desejado: “Eu não consigo!” Lembrar tem dois ou mais aspectos: lembrar naturalmente pela lógica da memória, ou lembrar com sofrimento inútil do que já passou e se conscientizar que o hoje tem alegrias que não podem ser sufocadas. Somos frequentemente vítimas do nosso próprio exagero. Usamos as palavras em tom dramático, que tão comumente se expressam em poemas, reportagens, refrões de música ou nas nossas murmurações. O comum nessas frases são os superlativos, as formas grandiosas, o uso de palavras que forçam generalizações. A realidade observada na vida de milhões de pessoas é que o mundo permanece de pé, a loucura da paixão cessa, o perdão acaba sendo concedido, outras pessoas passam por problemas similares, recebemos solidariedade de pessoas que sofreram como nós. A vida não acabou, mas é difícil esquecer o que passou. Eis a corrente que nos aprisiona ao passado: a lembrança do ocorrido ! È importante saber discernir o que você está passando, o grau de dificuldade e da situação, para não ser vítima do seu próprio exagero. Nem tudo são catástrofes: Há os pequenos contratempos, que são a maioria dos acontecimentos, aos quais somos rapidamente ajustáveis. Outros fatos são mais graves, mais sofredores, e precisam de maiores cuidados e um pouco mais de atenção, mas não são aquela tragédia que nossos lábios se apressam em declarar com adjetivos e exclamações..! Evite que seu passado seja povoado de exageros ! Manter uma proporção realista dos fatos ajuda a escapar da prisão de lembranças que foram tornadas dolorosas de modo artificial. A fé em Deus traz paz para o seu coração, a gratidão nos deixa menos murmuradores, o perdão nos faz um ser humano mais humano. Assim, viva o dia de hoje como Deus deseja pela fé e pelo amor, e o amanhã será de sonhos realizados. O passado representa e deve representar apenas lições para um hoje mais feliz e um amanhã melhor, onde podemos agradecer, amar, ajudar com intensidade.

(Pr. Leordino Lopes de Carvalho Junior, presidente do Conselho de Pastores de Anápolis – CPA, presidente da ‘ Cruzada pela Dignidade´’. E-mail [email protected] 96284108– 30987016– 92298356)

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