As redes sociais e seu impacto na política
Redação DM
Publicado em 28 de fevereiro de 2016 às 23:56 | Atualizado há 9 anos
Há quem nunca tenha entrado em uma dessas famosas redes sociais (facebook, twitter, instagram), na verdade, há milhões de pessoas que não participam, enquanto outros milhões as utilizam apenas para efeitos recreativos, de amizade, paquera, conhecimento profissional, propaganda e muitos outros vieses que tais locais possibilitam.
Entretanto, há outro tanto de internautas que tem em tais ambientes o endereço certo pra exporem e discutirem suas visões de mundo e políticas, são pessoas que acreditam em suas convicções e as defendem totalmente, algumas vezes com exagero, outras com humor e ironia, mas estão lá se manifestando, de uma forma ou de outra.
É possível encontrar adeptos do esquerdismo radical e suas propostas conhecidas, há de se ver igualmente defensores do livre comércio e prosperidade no trabalho sem dependência do Estado, existem aqueles que clamam por intervenção constitucional militar, outros advogam pela extinção do governo e assim o dia transcorre em suas postagens, comentários, vídeos, tags e atividades pertinentes.
Sim mas e daí? – pergunta o leitor ansioso.
Daí que esses comportamentos têm mudado o sistema social ( ou pelo menos, ajudado a alterar), as grandes figuras públicas não se arriscam mais a contrariar a média do entendimento coletado na internet, fazem pesquisas, estudam reações, testam suas investidas, tentam manipulações, tudo no intuito de conhecer a temperatura dos seus atos, se estão agradando ou não – essa é uma realidade quase indiscutível.
Não adianta mais alguém dizer que a opinião social das redes não importa, que essa opinião é fruto de um grupo específico, pois não é, a internet está em todas as classes, seus estratos (camadas) são homogêneos dentro de uma heterogeneidade de componentes: o pedreiro concorda com o médico, o qual discorda da diarista, esta acredita no arquiteto que argumenta contra o pedreiro – não há cancelas fechadas (talvez e apenas a do idioma mal escrito ou confuso) !
Não é um fenômeno (detesto essa palavra – dá ares de transitoriedade) brasileiro, basta ver a questão dos ataques e manifestações durante a fechada primavera árabe ou as execuções do mundo islâmico – A verdade não está lá fora mais, está aqui e agora, sobre a mesa de escritório ou de casa, na rua com o celular ou notebook na mão, a verdade está em todo lugar ( no mínimo, uma versão da verdade)!
Infelizmente a mentira também se faz presente e ao mesmo tempo, por isso se fazem avaliações e interpretações antes da ação propriamente dita.
De toda forma, as redes sociais estão modificando conceitos e atitudes, discursos vazios e jargões bonitos já não encantam a tantos, eles são desmascarados quase que instantaneamente.
É natural que políticos e politiqueiros mais espertos aprenderão – se é que não aprenderam já – a se utilizarem desses canais em proveito próprio, mas aí é outra história, por enquanto cabe aos usuários onlineados e independentes defenderem suas posições da melhor forma, lembrando que existem os mercenários das redes, pagos para atacar ou defender algo ou alguém sem que tenham interesse real nos fatos, esses são um caso à parte.
(Olisomar Pires – olisoblog.com)