Graças a Deus e ao professor Américo Gonçalves Faleiro, estou vivo
Diário da Manhã
Publicado em 25 de fevereiro de 2016 às 00:18 | Atualizado há 9 anos
Aos ilustres leitores deste conceituado jornal, gostaria de salientar algo que hão de deixá-los comovidos, senão vejamos:
Na qualidade de filho do sr. Aldorando Alves Machado e amigo fiel do dr .Américo Gonçalves Faleiro, começo externando os meus sentimentos, dizendo que Aldorando, Américo e Hamilton eram pessoas que conviviam cotidianamente, os nossos encontros eram de fé, de solidariedade e de esperança.
De segunda a sexta-feira eu e o dr. Américo nos encontrávamos infalivelmente, mesmo porque ele foi meu professor, cursei o curso ginasial em Firminópolis, e, a nossa escola foi fruto dos ideais de melhoria para a população, trazida pelo saudoso professor Américo Gonçalves Faleiro com o apoio da comunidade que fizeram doações e mutirões ao lado do idealizador. Enquanto pertencia a Ceneg, se chamava Ginásio Professor Vasco dos Reis, Colégio Comercial, Colégio Normal e Colégio Agrícola de Firminópolis. Um incidente provocado por um prego acabou tirando a vida do professor Américo… A comunidade achou por bem homenageá-lo, dando seu nome a esta escola, que é orgulho de todos que por aqui passaram, estão passando e ainda passarão: “Colégio Estadual Américo Gonçalves Faleiro.” Saudoso professor Américo que aqui chegou em 1958, homem culto, odontólogo, advogado, major do Exército Brasileiro, professor e, acima de tudo, um benfeitor Firminopolino. Quando eu estava na adolescência, jogando futebol, fraturei o braço esquerdo, e no mesmo instante o colega João Borges da Silva, hoje, prestando um trabalho louvável como médico em Firminópolis, levou-me ao hospital para colocar o gesso. Mas, o gesso apertou demasiadamente o meu braço e, assim sendo, o professor Américo chegou à casa dos meus prestimosos pais e viu a minha mão sem nenhuma circulação, toda roxa, imediatamente trouxe-me até Goiânia em seu fusca azul. Chegando ao hospital o médico serrou aquele gesso e colocou um outro da maneira pela qual deveria ser. O médico, categoricamente nos disse: Se vocês demorassem mais meia hora, você, Hamilton, morreria e não mais viveria, o tétano já estava começando e sua morte seria inevitável. Portanto, caro leitor do Diário da Manhã, o professor Américo faleceu proveniente de um tétano em seu pé; quando o meu pai Aldorando conseguiu trazê-lo até Goiânia, o tétano estava em um estágio avançado e infelizmente o nosso baluarte Américo Faleiro faleceu.
É com tristeza que estou escrevendo esta matéria, mas, tenho certeza que tanto o dr. Américo quanto ao meu pai Aldorando encontram-se nos braços de Jesus Cristo, no Paraíso.
A gratidão é por demais importante em nossas vidas, razão pela qual eu tenho a obrigação de dizer em alto e bom som, para o mundo inteiro, com lágrimas nos olhos, que depois de ser grato aos meus pais por tudo que eles fizeram por mim, por Justiça e imorredoura gratidão o professor Américo foi a terceira pessoa mais importante na minha vida.
Saiba, dr. Américo, que nós nos encontraremos de novo ao lado do nosso Deus Todo Poderoso, Criador dos Céus e da Terra.
Graças a Deus e a você, dr. Américo, estou vivo. Falo com a alma e o coração, o meu muito obrigado, obrigado por tudo professor, e mais uma vez obrigado. Um obrigado especialíssimo…
Firminópolis
Por volta do ano de 1933, num lugar conhecido como Fazenda São Domingos alguns moradores da região se reuniram em uma manhã de domingo ,sob um rancho, para celebrar a fé católica.
A povoação originou-se, em 1940, com a doação por Manoel Firmino dos Santos, de uma área de terras para formação do patrimônio, iniciando-se com uma capela dedicada a Nossa Senhora da Guia, padroeira local. Com a vinda das famílias Araújo, Borges e Machado, atraídas pela fertilidade das terras, o povoado atingiu notável desenvolvimento tornando-se conhecido como “Firminópolis”, numa reverência ao fundador, Manoel Firmino dos Santos.
Pelo seu rápido e expressivo progresso, obteve a emancipação político administrativa, passando diretamente de povoado a município, pela Lei Estadual nº 174, de 07/10/1948, desmembrando-se de Paraúna. Essa é a verdade, a mais cristalina de todas as verdades…
(Hamilton Alves Machado, pastor, advogado, professor, articulista, teólogo, com mestrado em Teologia)